Relvas anuncia que RTP vai associar-se a um parceiro tecnológico
Administração da TV pública tem de entregar o plano de reestruturação ao ministro até 1 de Março. 42 milhões de euros serão emprestados pela banca.
Na sua intervenção inicial na audição por requerimento potestativo do PS, o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares leu um discurso onde se referiu por três vezes a um “parceiro tecnológico” a que o operador público terá de se associar.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Na sua intervenção inicial na audição por requerimento potestativo do PS, o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares leu um discurso onde se referiu por três vezes a um “parceiro tecnológico” a que o operador público terá de se associar.
Este parceiro terá de ser “suficientemente avançado e [permitir] colocar a empresa num caminho de futuro sustentável”, acrescentou Miguel Relvas.
“A RTP necessita de um plano de transformação para que o serviço público de rádio e televisão possa continuar a ter um papel de referência na sociedade portuguesa”, disse Miguel Relvas. O grupo terá de fazer esse processo de modernização e reestruturação cujo plano será entregue pela equipa de Alberto da Ponte até dia 1 de Março.
De acordo com o ministro, o plano implica que a RTP “tenha um parceiro tecnológico” e que o plano seja aplicado até ao final de 2014, ainda que o essencial seja concretizado até ao termo deste ano. Além disso, 2013 será o último ano em que a RTP terá indemnização compensatória vinda do Orçamento do Estado, tendo de passar a viver apenas com a taxa para o audiovisual e com as receitas publicitárias.
A empresa terá de viver apenas com 180 milhões de euros, o valor que o Governo definiu como tecto para as despesas operacionais – o valor, aliás, que era defendido pelo ex-presidente Guilherme Costa.
“Essa modernização será financiada através de uma emissão de dívida junto da banca comercial, portanto sem recurso directo ao Orçamento do Estado, e num valor que poderá atingir cerca de 42 milhões de euros, com o número final a depender do plano de reestruturação.”
Relvas disse que a RTP está “sobredimensionada”, tem uma “estrutura demasiado pesada, tendo em conta as receitas previsíveis entre 2013 e 2015” e que os seus custos “tal como existem são incomportáveis”.
O ministro disse também que tem um mandato para “redefinir o futuro dos canais regionais e das delegações” e que está aberto a mudanças nesta matéria “até ao limite da lei”.