Morte em Oeiras: Segurança Social apoiou retirada das crianças à mãe
Numa nota hoje divulgada, a Segurança Social afirma que, “a 23 de Janeiro 2013, teve lugar audiência judicial na qual foi aplicada a medida de promoção e protecção de ‘apoio junto do pai’, com efeitos imediatos, ficando também definido que as visitas da mãe aos filhos apenas se realizariam em casa de familiares e sob a sua supervisão”.
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Numa nota hoje divulgada, a Segurança Social afirma que, “a 23 de Janeiro 2013, teve lugar audiência judicial na qual foi aplicada a medida de promoção e protecção de ‘apoio junto do pai’, com efeitos imediatos, ficando também definido que as visitas da mãe aos filhos apenas se realizariam em casa de familiares e sob a sua supervisão”.
No mesmo documento, a instituição acrescenta que, no âmbito de um processo de Promoção e Protecção no Tribunal de Família e Menores, os serviços da SS “acompanharam o caso, tendo emitido parecer de retirada das crianças à mãe”, que viria a ser hoje encontrada morta a pouca distância da viatura onde estavam os filhos, de 12 e 13 anos, também mortos.
A família estava sinalizada desde 2012 pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Oeiras.
“Nesse ano, o processo seguiu para tribunal. Tentámos intervir, mas como não estavam reunidas todas as condições para que se pudesse agir, e como a instituição não pode actuar sem a autorização dos pais, o processo seguiu para o Tribunal de Família e Menores de Cascais”, explicou hoje o presidente da CPCJ, João Belo, à agência Lusa.
Fonte policial disse anteriormente à Lusa que o corpo da mãe das crianças foi encontrado a pouca distância do veículo onde estavam os dois irmãos. As três vítimas vão agora ser autopsiadas para apurar as causas da morte.
A mesma fonte acrescentou que a avó, quando foi ouvida pelas autoridades, disse que a mãe das crianças tinha problemas de depressão.
“As crianças estavam no banco traseiro de um carro tapadas com uma capa amarela. Não apresentavam ferimentos e no local havia bolos, o que pode dar a entender que foram envenenados”, explicou outra fonte policial, à Lusa.
As autoridades policiais foram alertadas, cerca das 19h30 de domingo passado, por um segurança, o qual informou que se encontrava, desde o dia anterior, uma viatura nas imediações dos dormitórios da faculdade.
“Quando lá chegaram, os polícias encontraram um corpo debaixo de um oleado no interior do veículo, com vestígios de sangue. Depois de destaparem, constataram tratar-se de dois corpos”, adiantou a mesma fonte.
Os agentes da PSP ficaram “impressionados” com o “cenário macabro”, com o qual se depararam.