Em seis meses houve pelo menos quatro casos de tentativa de filicídio
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
No último dia de 2012, uma mulher tentou lançar-se da ponte Luís I, no Porto, com os dois filhos ao colo, um com um ano e outro com um mês. Terá sido a solução que encontrou para fugir às agressões do marido. Foi impedida por dois seguranças que se encontravam no local.
Ainda em Dezembro, no dia 19, o caso de duas crianças, de um e três anos, termina da forma mais trágica. Uma mulher terá trancado os dois filhos dentro de um quarto da sua casa em Preces, concelho de Alenquer, e incendiou a habitação. Os corpos das crianças foram encontrados horas depois. A avó das crianças diz ter recebido um telefonema da nora a confessar que tinha matado os dois filhos. A mulher sofria de depressão.
Este caso acontece quatro meses depois de um caso idêntico. Em Agosto, uma mulher de 40 anos, uma dentista de nacionalidade brasileira, terá provocado o incêndio e a explosão de uma divisão da sua casa em Castro Marim, Algarve. A mulher, que teria problemas psiquiátricos, incendiou um dos quartos onde se encontravam os filhos de 11 e 13 anos. Morreram os três.
Outro caso com menos de um ano foi registado em Junho, na ilha de Santa Maria, Açores, quando uma mulher de 34 anos lançou o seu carro onde levava as duas filhas, de um mês e de quatro anos, por uma ravina. A mulher estava a ter acompanhamento psiquiátrico. Já tinha tentado suicidar-se duas vezes. Conseguiu à terceira.