Jorge Sampaio diz que Portugal não terá prosperidade sem investimento na Educação

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Jorge Sampaio acabou por dissolver a Assembleia da República Sérgio Azenha

"O país não estará em condições de algum dia enveredar pelo caminho da prosperidade, do crescimento económico sustentável, se não continuar a investir na educação, no ensino superior, na investigação tecnológica e científica", declarou.O antigo chefe de Estado falava em Bragança, na cerimónia de comemoração dos 30 anos do instituto politécnico local, durante uma oração de sapiência sobre a educação e Ensino Superior em Portugal.
Jorge Sampaio advertiu que "seria um erro histórico dar livre curso às ideologias do mercado que tendem a diminuir os compromissos do Estado com um ensino público de qualidade para todos".
"A crise não pode por em causa os esforços feitos até aqui", reiterou.
O também Alto Representante das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações defendeu que "Portugal não tem estudantes a mais, não tem diplomados a mais".
"Portugal tem, bem pelo contrário, índices baixos ainda de qualificação escolar na sua população, apesar do enorme salto dado nas últimas décadas", afirmou.
Da mesma forma, o antigo Presidente da República entende que "Portugal não investe demais na Educação, necessita isso sim de continuar a investir nesta área e muito, e não apenas durante mais um, dois ou dez anos, mas de forma continuada e persistente".
Naquela que considerou uma área "fulcral" para o país, Sampaio defendeu que "nada mudará sem uma maior determinação" da parte de todos.
"Neste momento de grande crise que o nosso país atravessa, em que uma espécie de chapa de chumbo parece ter-se abatido no nosso quotidiano feita de cortes, de interrogações e perplexidades quês e adensam todos os dias, temos de fazer um esforço colectivo para erguer a cabeça, para nos mantermos firmes e lutarmos por uma ambição clara e ambiciosa para a sociedade que queremos que vingue no nosso querido Portugal", declarou.
Portugal não pode aceitar, continuou, "a fatalidade de uma população com poucas qualificações escolares, não só nos adultos mais idosos, mas também nas camadas mais jovens".
"Nós não queremos um país remedido complacente com um destino escolar e uma educação medíocre, nós não querermos um país acomodado e resignado a uma escola sofrível, um sistema educativo a saldos", enfatizou.
O antigo chefe de Estado quer "um país ambicioso, com a coragem de se destacar pela cultura, pela ciência, pela investigação tecnológica e pelo conhecimento".
Sampaio ressalvou que "não é, naturalmente, uma missão fácil, mas é uma missão necessária, uma missão vital e, por isso, tem de ser possível".
Esta responsabilidade "não pode ser uma mera afirmação retórica, não pode ser abandonada, não pode ser considerada opcional", acrescentou.
A responsabilidade é, considerou, " simultaneamente politica, social e profissional" e salientou que da política exige "reforço dos investimentos na Educação".
"Não é por acaso que Portugal e Grécia são [dos países da] União Europeia em que a despesa total por aluno é das mais baixas", exemplificou.
Jorge Sampaio concluiu afirmando que "o Ensino Superior desempenha um papel central para o desenvolvimento económico, o que está em causa é o futuro dos portugueses".
 

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"O país não estará em condições de algum dia enveredar pelo caminho da prosperidade, do crescimento económico sustentável, se não continuar a investir na educação, no ensino superior, na investigação tecnológica e científica", declarou.O antigo chefe de Estado falava em Bragança, na cerimónia de comemoração dos 30 anos do instituto politécnico local, durante uma oração de sapiência sobre a educação e Ensino Superior em Portugal.
Jorge Sampaio advertiu que "seria um erro histórico dar livre curso às ideologias do mercado que tendem a diminuir os compromissos do Estado com um ensino público de qualidade para todos".
"A crise não pode por em causa os esforços feitos até aqui", reiterou.
O também Alto Representante das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações defendeu que "Portugal não tem estudantes a mais, não tem diplomados a mais".
"Portugal tem, bem pelo contrário, índices baixos ainda de qualificação escolar na sua população, apesar do enorme salto dado nas últimas décadas", afirmou.
Da mesma forma, o antigo Presidente da República entende que "Portugal não investe demais na Educação, necessita isso sim de continuar a investir nesta área e muito, e não apenas durante mais um, dois ou dez anos, mas de forma continuada e persistente".
Naquela que considerou uma área "fulcral" para o país, Sampaio defendeu que "nada mudará sem uma maior determinação" da parte de todos.
"Neste momento de grande crise que o nosso país atravessa, em que uma espécie de chapa de chumbo parece ter-se abatido no nosso quotidiano feita de cortes, de interrogações e perplexidades quês e adensam todos os dias, temos de fazer um esforço colectivo para erguer a cabeça, para nos mantermos firmes e lutarmos por uma ambição clara e ambiciosa para a sociedade que queremos que vingue no nosso querido Portugal", declarou.
Portugal não pode aceitar, continuou, "a fatalidade de uma população com poucas qualificações escolares, não só nos adultos mais idosos, mas também nas camadas mais jovens".
"Nós não queremos um país remedido complacente com um destino escolar e uma educação medíocre, nós não querermos um país acomodado e resignado a uma escola sofrível, um sistema educativo a saldos", enfatizou.
O antigo chefe de Estado quer "um país ambicioso, com a coragem de se destacar pela cultura, pela ciência, pela investigação tecnológica e pelo conhecimento".
Sampaio ressalvou que "não é, naturalmente, uma missão fácil, mas é uma missão necessária, uma missão vital e, por isso, tem de ser possível".
Esta responsabilidade "não pode ser uma mera afirmação retórica, não pode ser abandonada, não pode ser considerada opcional", acrescentou.
A responsabilidade é, considerou, " simultaneamente politica, social e profissional" e salientou que da política exige "reforço dos investimentos na Educação".
"Não é por acaso que Portugal e Grécia são [dos países da] União Europeia em que a despesa total por aluno é das mais baixas", exemplificou.
Jorge Sampaio concluiu afirmando que "o Ensino Superior desempenha um papel central para o desenvolvimento económico, o que está em causa é o futuro dos portugueses".