O jovem V. Guimarães travou a retoma do rejuvenescido Sporting
“Leões” cedem empate em Alvalade frente ao Vitória. Wolfswinkel marcou de calcanhar, mas o golo do holandês foi insuficiente para evitar que a equipa de Jesualdo Ferreira perdesse os seus primeiros pontos.
Mesmo limitado pelas ausências de muitos jogadores, desde cedo ficou claro que este Vitória não vinha a Alvalade ser apenas espectador de mais um capítulo da retoma do Sporting. Com um trio de “rejeitados” da Academia “leonina” no ataque (Baldé, Ricardo e Marco Matias), mais uma base de jogadores muito jovens e pouco experientes, a formação vimaranense não entrou à defesa e exigia enorme atenção à defesa sportinguista. Em qualquer outra altura da época, o Sporting ter-se-ia deixado dominar, sofreria a pressão do adversário e só acordaria quando fosse demasiado tarde. Mas a verdade é que, com Jesualdo no banco, a equipa mudou.
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Mesmo limitado pelas ausências de muitos jogadores, desde cedo ficou claro que este Vitória não vinha a Alvalade ser apenas espectador de mais um capítulo da retoma do Sporting. Com um trio de “rejeitados” da Academia “leonina” no ataque (Baldé, Ricardo e Marco Matias), mais uma base de jogadores muito jovens e pouco experientes, a formação vimaranense não entrou à defesa e exigia enorme atenção à defesa sportinguista. Em qualquer outra altura da época, o Sporting ter-se-ia deixado dominar, sofreria a pressão do adversário e só acordaria quando fosse demasiado tarde. Mas a verdade é que, com Jesualdo no banco, a equipa mudou.
Ainda falta muita coisa a este Sporting, nomeadamente no capítulo ofensivo, mas já dá luta. E à boa entrada do Vitória, os “leões” responderam bem, com boa dinâmica nas alas, em especial do lado esquerdo, em que o novato Joãozinho combinava bem com Diego Capel. O ex-Beira-Mar, contratado há poucos dias, entrou na equipa a titular e mostrou bom acerto nos cruzamentos, que nem sempre encontraram destinatário porque o Sporting continua a sofrer com falta de presença na área adversária.
Esta atitude activa dos “leões” podia ter dado frutos aos 19’, numa arrancada de André Carrillo pelo flanco direito que Freire não conseguiu acompanhar. O peruano foi correndo com a bola colada aos pés, chegou à área do Vitória e disparou um remate que acabaria por acertar com estrondo no poste. Dois minutos depois, foi Xandão quem teve o golo nos pés, mas o seu remate foi fraco e permitiu a defesa fácil de Douglas. Os golos não chegavam, mas o Sporting jogava bem frente a uma das melhores equipas desta Liga, que, durante quase toda a primeira parte, pouco conseguiu sair do seu meio-campo.
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Foi só aos 44’ que o Vitória esteve realmente perto de incomodar Rui Patrício, numa jogada de contra-ataque conduzida por Ricardo permitindo a defesa do guarda-redes “leonino” no momento do remate.
Os últimos instantes da primeira parte trouxeram uma contrariedade a Jesualdo Ferreira. Boulahrouz cai no relvado após um sprint e já não voltaria do balneário. No seu lugar, mais um da formação “leonina”, o central Pedro Mendes, que até ontem tinha mais minutos pela equipa principal do Real Madrid que pela do Sporting.
Tal como acontecera no início do jogo, o Vitória voltou a entrar bem e, desta vez, conseguiu estender esse domínio por mais uns minutos, o suficiente para ter duas jogadas de perigo em que Matias e Tiago Rodrigues estiveram perto do golo.
Aos 53’, os vimaranenses fizeram funcionar o marcadar. Baldé tem espaço na área do Sporting, consegue fazer o cabeceamento e Xandão confirma a trajectória da bola na direcção da baliza do Sporting.
Há um mês, os “leões” teriam ficado a remoer a má sorte, os assobios teriam enchido Alvalade e os jogadores ficariam todos de braços caídos. Mas esta equipa está mesmo diferente e a reacção não durou nem um minuto. Na jogada seguinte, Miguel Lopes fez o cruzamento e Ricky van Wolfswinkel voltou a marcar um golo de calcanhar, tal como havia feito frente à Lazio na Liga Europa da temporada passada. Era o dia de anos do avançado holandês e ele ofereceu a ele próprio e aos adeptos um belo golo.
Ainda faltava mais de meia-hora e o Sporting continuou a carregar. Jesualdo arriscou com Viola e Jeffren, Rui Vitória fez a equipa recuar. Os “leões” queriam mesmo continuar a retoma, mas os jovens vimaranense não deixaram e até reclamaram de um lance na área “leonina” com Ricardo a ser derrubado — Carlos Xistra mandou seguir, mas os protestos eram legítimos. Já nos descontos, Wolfswinkel teve na cabeça o golo do triunfo de novo a cruzamento de Miguel Lopes, mas a bola saiu por cima. Tal como tantas outras vezes esta época, o Sporting voltou a não vencer, mas desta vez não se ouviram assobios.