Seguro deverá avançar com eleições no PS antes das autárquicas

Maria de Belém convocou a Comissão Nacional para 10 de Fevereiro. A questão das eleições directas estará em cima da mesa por vontade do líder socialista. Agenda da reunião inclui análise da situação política e marcação do XIX Congresso do PS.

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A convocação da Comissão Nacional foi feita na tarde de sexta-feira pela presidente do partido, Maria de Belém, e deverá ter lugar no Centro do país, segundo apurou o PÚBLICO junto de fontes próximas da direcção do partido.

O PS, entretanto, confirmou oficialmente a convocação da Comissão Nacional para 10 de Fevereiro.

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A convocação da Comissão Nacional foi feita na tarde de sexta-feira pela presidente do partido, Maria de Belém, e deverá ter lugar no Centro do país, segundo apurou o PÚBLICO junto de fontes próximas da direcção do partido.

O PS, entretanto, confirmou oficialmente a convocação da Comissão Nacional para 10 de Fevereiro.

António José Seguro responde assim aos críticos da sua direcção, que pediam a realização do congresso e eleições no partido antes das autárquicas.

Caso seja reeleito, Seguro legitima-se como secretário-geral do PS, arruma a casa antes das autárquicas (que se realizam no Outono) e cala a oposição interna.

Nesta sexta-feira, Seguro já tinha revelado a convocação da Comissão Política para terça-feira. "A questão é muito simples. Marquei uma reunião da Comissão Política Nacional do PS, onde, no órgão próprio do partido, terei a oportunidade de falar sobre a vida interna do PS", afirmou o líder socialista no Parlamento.

António Costa, que tem sido pressionado dentro do partido para avançar já contra Seguro, deu, na noite desta sexta-feira, no Congresso do PS Açores, sinais de que não deverá avançar, mantendo a sua recandidatura à autarquia de Lisboa.

No início da sua intervenção na qualidade de “convidado de honra”, Costa afirmou: “Este é um ano muito importante, o ano em que o partido tem que se unir, empenhar e concentrar na vitória das eleições autárquicas.”

Disse ainda que “poucos cargos políticos” são capazes de conferir tanta realização quanto as funções executivas do poder local, como aquelas que ocupa na capital. Foi esse carimbo executivo de Costa que Carlos César, eleito presidente honorário do PS/Açores com 97,3% dos votos, destacou.