Grafeno e cérebro humano vencedores de concurso multimilionário europeu

Os dois projectos têm participação portuguesa e cada um poderá receber até mil milhões de euros da União Europeia ao longo de dez anos.

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O grafeno está no centro de um dos dois projectos vencedores deste megaconcurso Jannik Meyer / Universidade de Manchester

Trata-se de um projecto sobre o grafeno, a forma bidimensional do carbono com um imenso campo de aplicação futura no domínio da electrónica; e do Projecto Cérebro Humano, que visa simular o cérebro num supercomputador para perceber como funciona.

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Trata-se de um projecto sobre o grafeno, a forma bidimensional do carbono com um imenso campo de aplicação futura no domínio da electrónica; e do Projecto Cérebro Humano, que visa simular o cérebro num supercomputador para perceber como funciona.

A descoberta do grafeno valeu a Andre Geim e Konstantin Novoselov, da Universidade de Manchester, o Prémio Nobel da Física em 2010. No projecto agora escolhido estão envolvidas cerca de 600 equipas científicas do mundo inteiro – e em particular as de Nuno Peres, da Universidade do Minho, e de João Lopes dos Santos, da Universidade do Porto, que desde 2005 colaboram com Geim e Novoselov.

Quanto ao projecto de modelização do cérebro humano numa máquina de silício, reúne mais de 100 equipas, entre as quais as de Rui Costa e a de Zach Mainen, da Fundação Champalimaud de Lisboa (ver À procura da receita informática para construir um cérebro humano de silício, PÚBLICO de 14/5/2011).

Seis projectos tinham sido escolhidos como "finalistas" desta iniciativa, que visa "encorajar investigações visionárias, com uma missão definida, que possam conduzir a avanços nas tecnologias da informação com grandes benefícios para a sociedade e a indústria europeias".

Os vencedores, salienta a <i>Science</i>, deverão receber 108 milhões de euros em conjunto durante os primeiros dois anos e meio, para a seguir cada um deles ser financiado em 100 milhões por ano durante o tempo restante.