Reestruturação da RTP está "ferida de ilegalidade", acusa Sindicato dos Jornalistas
As organizações representativas dos trabalhadores, “que devem ser ouvidas ainda numa fase muito precoce”, não participaram no processo, acusa do sindicato.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
As organizações representativas dos trabalhadores, “que devem ser ouvidas ainda numa fase muito precoce”, não participaram no processo, acusa do sindicato.
O ministro Miguel Relvas confirmou hoje o adiamento da privatização da RTP ao mesmo tempo que afirmou que a reestruturação da empresa, um processo que será “muito exigente e doloroso”, vai custar 42 milhões de euros.
Para o presidente do SJ, Alfredo Maia, o adiamento “para já” da privatização resulta da “pressão” dos operadores privados de televisão, mas também de um “fortíssimo movimento da opinião pública”, que envolveu “inúmeras personalidades” da sociedade civil.
O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares escusou-se, na entrevista ao Telejornal, a confirmar um eventual despedimento de cerca de 600 trabalhadores, número avançado hoje pelo Diário Económico.
“Não posso confirmar isso”, disse Relvas na entrevista ao Telejornal, acrescentando que a administração da RTP está a estudar um plano de reestruturação que deve estar pronto nos próximos dias.
Para o SJ, contudo, as palavras do governante deixam “implicitamente” a ideia de emagrecimento de pessoal, um cenário que tem de ser “imediatamente contestado e contrariado”.