A nova “pesquisa gráfica” do Facebook

Afinal, porquê seguir a opinião de estranhos quando podemos seguir aquilo de que os nossos amigos gostam?

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ofnetsandthings/Flickr

Mark Zuckerberg anunciou no dia 15 de Janeiro uma nova função de “pesquisa gráfica" para o Facebook, numa antecipada comunicação que se deu nos seus escritórios na Califórnia.

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Mark Zuckerberg anunciou no dia 15 de Janeiro uma nova função de “pesquisa gráfica" para o Facebook, numa antecipada comunicação que se deu nos seus escritórios na Califórnia.

A função está em fase beta e continua a ser desenvolvida já com o envolvimento de alguns utilizadores. As reações têm sido díspares por toda a parte, mas a mim parece-me uma adição algo revolucionária!

A nova função de pesquisa tem como base de dados a informação de todos os nossos contactos – as coisas de que os nossos amigos gostam, os sítios onde estiveram ou vivem, onde trabalham ou estudam. Acho mesmo que não é exagero dizer que isto pode mudar a forma como socializamos, ainda mais que aquilo que o Facebook já tem mudado.

Como exemplo, imaginem que gostam de tocar guitarra. Com alguns cliques podem descobrir quais dos vossos amigos que também o fazem, quais os seus gostos musicais e, utilizando as funcionalidades já disponíveis, convidá-los para se vos juntarem!

Ou suponham que querem sair para ir ver um jogo de futebol. Num ápice podem ver quais os amigos que gostam da modalidade e que são do vosso clube. As possibilidades serão imensas.

Claro que isto também pode ter impacto para as empresas – é muito mais fácil vender um produto quando se conhecem as preferências de todos os nossos consumidores.

Além disso, o Facebook cada vez mais afirma a sua presença de gigante da internet e começa a fazer concorrência a sites estabelecidos – alguns apontam mesmo isto como uma ameaça à Google, e a rede de críticas e recomendações “Yelp” caiu em bolsa 7% no dia do anúncio.

Afinal, porquê seguir a opinião de estranhos quando podemos seguir aquilo de que os nossos amigos gostam? O sucesso desta função dependerá, como tudo numa rede social, da adesão dos utilizadores.

Caso estes não se coíbam de partilhar a sua informação por desejo de manter a privacidade, a nova pesquisa reforçará ainda mais o papel que o Facebook já tem nas nossas vidas online.