Paparazzo italiano condenado por extorsão entregou-se à polícia em Portugal
Fotógrafo de celebridades tinha sido condenado a cinco anos de prisão por exigir dinheiro para não publicar imagens que comprometiam o futebolista internacional francês David Trezeguet.
“Desde terça-feira, investigadores de Milão, da Interpol e da polícia portuguesa estavam a trabalhar juntos para identificar o paradeiro de Fabrizio Corona. A investigação fazia-nos crer, desde sábado, que ele provavelmente estaria em Lisboa. Hoje [quarta-feira] de manhã, o fugitivo, de 38 anos, entregou-se”, refere um comunicado policial, citado pela AFP.
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“Desde terça-feira, investigadores de Milão, da Interpol e da polícia portuguesa estavam a trabalhar juntos para identificar o paradeiro de Fabrizio Corona. A investigação fazia-nos crer, desde sábado, que ele provavelmente estaria em Lisboa. Hoje [quarta-feira] de manhã, o fugitivo, de 38 anos, entregou-se”, refere um comunicado policial, citado pela AFP.
O mandado de captura europeu foi emitido na passada sexta-feira, após a condenação de Fabrizio Corona, o mais famoso fotógrafo de celebridades italiano, a uma pena irrecorrível de cinco anos de prisão decretada pelo Supremo. O arguido, que não esteve presente em tribunal, foi dado como desaparecido no mesmo dia da sentença. A fuga à justiça pode valer-lhe mais dois anos e dez meses de pena, segundo a agência italiana Ansa.
O tribunal deu como provado que Corona exigiu dinheiro ao futebolista internacional francês David Trezeguet, para não divulgar fotografias embaraçosas do jogador com um modelo feminino. O paparazzo alegou que nunca fez chantagem e que apenas deu a Trezeguet a oportunidade de comprar por cerca de 25 mil euros as fotografias alegadamente comprometedoras, evitando assim que fossem publicadas na imprensa.
"Deixei a Itália porque estava desapontado com uma sentença injusta e porque temo pela minha vida nas prisões italianas”, terá dito Corona à sua advogada, Nadia Alecci, numa conversa telefónica já depois de se ter entregue às autoridades.
Os media italianos referem que o fotógrafo terá anunciado que se ia entregar através de uma mensagem vídeo no seu Facebook e que o encontro com a polícia terá acontecido numa estação de metro de Lisboa. Referem também que Corona se terá desfeito em lágrimas no momento da detenção.
O fotógrafo, conhecido por alimentar como poucos a indústria da imprensa cor-de-rosa italiana e por namorar alguns dos mais disputados modelos femininos de Itália, já tinha sido acusado de recorrer à extorsão com outras figuras públicas, entras as quais um membro da família do ex-primeiro-ministro Sílvio Berlusconi.
Num caso anterior, foi mesmo condenado a 18 meses de prisão por extorsão aos futebolistas Adriano e Francesco Coco, que alinhavam em equipas da principal liga de futebol italiana. O seu reportório criminal inclui ainda condenações por posse de moeda falsa, evasão fiscal e ofensas à integridade física.
Notícia actualizada às 21h35 Retira uma versão da polícia portuguesa, segundo a qual o homem teria sido apanhado pela PJ.