BE quer que Governo proíba exploração de gás de xisto
Recomendação do Bloco de Esquerda recorda riscos da técnica de "fracturação hidráulica"
Numa proposta de resolução submetida terça-feira à Assembleia da República, o BE argumenta que a exploração destes produtos “são a marca de um modelo energético falhado” e “deterioram a qualidade e as condições de vida das populações envolventes e a sustentabilidade ambiental do planeta”.
O gás e o óleo de xisto estão aprisionados em formações rochosas profundas. Para extraí-los, é preciso injectar grandes quantidades de água e de produtos químicos, a grande pressão, fracturando a rocha. Esta técnica – conhecida como “fracturação hidráulica” – tem sido contestada devido aos riscos de poluição da água, de sismos e de libertação de gases com efeito de estufa.
Estes argumentos são relembrados na proposta de resolução do BE, que recomenda ao Governo que “proíba a exploração e extracção de hidrocarbonetos não-convencionais, conhecidos como gases e óleos de xisto, excepto para fins exclusivos de investigação científica”.
O BE recorda que nalguns países foram já adoptadas limitações à utilização da “fracturação hidráulica” – como em França, na Bulgária, nalgumas regiões da Alemanha e da Suíça, e nalguns estados dos EUA.
A exploração de hidrocarbonetos não-convencionais tem subido significativamente desde 2008, sobretudo nos Estados Unidos, provocando uma autêntica revolução nos fluxos e nos preços da energia. A Agência Internacional de Energia estima que até 2020 os EUA terão ultrapassado a Arábia Saudita e a Rússia, tornando-se no maior produtor mundial de petróleo.
Portugal tem potenciais reservas nas zonas do Bombarral, Cadaval e Alenquer, mas, até agora, sem interesse comercial provado.
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Numa proposta de resolução submetida terça-feira à Assembleia da República, o BE argumenta que a exploração destes produtos “são a marca de um modelo energético falhado” e “deterioram a qualidade e as condições de vida das populações envolventes e a sustentabilidade ambiental do planeta”.
O gás e o óleo de xisto estão aprisionados em formações rochosas profundas. Para extraí-los, é preciso injectar grandes quantidades de água e de produtos químicos, a grande pressão, fracturando a rocha. Esta técnica – conhecida como “fracturação hidráulica” – tem sido contestada devido aos riscos de poluição da água, de sismos e de libertação de gases com efeito de estufa.
Estes argumentos são relembrados na proposta de resolução do BE, que recomenda ao Governo que “proíba a exploração e extracção de hidrocarbonetos não-convencionais, conhecidos como gases e óleos de xisto, excepto para fins exclusivos de investigação científica”.
O BE recorda que nalguns países foram já adoptadas limitações à utilização da “fracturação hidráulica” – como em França, na Bulgária, nalgumas regiões da Alemanha e da Suíça, e nalguns estados dos EUA.
A exploração de hidrocarbonetos não-convencionais tem subido significativamente desde 2008, sobretudo nos Estados Unidos, provocando uma autêntica revolução nos fluxos e nos preços da energia. A Agência Internacional de Energia estima que até 2020 os EUA terão ultrapassado a Arábia Saudita e a Rússia, tornando-se no maior produtor mundial de petróleo.
Portugal tem potenciais reservas nas zonas do Bombarral, Cadaval e Alenquer, mas, até agora, sem interesse comercial provado.