BE quer que Governo proíba exploração de gás de xisto

Recomendação do Bloco de Esquerda recorda riscos da técnica de "fracturação hidráulica"

Foto
Técnica de fracturação hidráulica (fracking, em inglês) tem sido contestada em vários países Justin Tallis/AFP

Numa proposta de resolução submetida terça-feira à Assembleia da República, o BE argumenta que a exploração destes produtos “são a marca de um modelo energético falhado” e “deterioram a qualidade e as condições de vida das populações envolventes e a sustentabilidade ambiental do planeta”.

O gás e o óleo de xisto estão aprisionados em formações rochosas profundas. Para extraí-los, é preciso injectar grandes quantidades de água e de produtos químicos, a grande pressão, fracturando a rocha. Esta técnica – conhecida como “fracturação hidráulica” – tem sido contestada devido aos riscos de poluição da água, de sismos e de libertação de gases com efeito de estufa.

Estes argumentos são relembrados na proposta de resolução do BE, que recomenda ao Governo que “proíba a exploração e extracção de hidrocarbonetos não-convencionais, conhecidos como gases e óleos de xisto, excepto para fins exclusivos de investigação científica”.

O BE recorda que nalguns países foram já adoptadas limitações à utilização da “fracturação hidráulica” – como em França, na Bulgária, nalgumas regiões da Alemanha e da Suíça, e nalguns estados dos EUA.

A exploração de hidrocarbonetos não-convencionais tem subido significativamente desde 2008, sobretudo nos Estados Unidos, provocando uma autêntica revolução nos fluxos e nos preços da energia. A Agência Internacional de Energia estima que até 2020 os EUA terão ultrapassado a Arábia Saudita e a Rússia, tornando-se no maior produtor mundial de petróleo.

Portugal tem potenciais reservas nas zonas do Bombarral, Cadaval e Alenquer, mas, até agora, sem interesse comercial provado.
 
 

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Numa proposta de resolução submetida terça-feira à Assembleia da República, o BE argumenta que a exploração destes produtos “são a marca de um modelo energético falhado” e “deterioram a qualidade e as condições de vida das populações envolventes e a sustentabilidade ambiental do planeta”.

O gás e o óleo de xisto estão aprisionados em formações rochosas profundas. Para extraí-los, é preciso injectar grandes quantidades de água e de produtos químicos, a grande pressão, fracturando a rocha. Esta técnica – conhecida como “fracturação hidráulica” – tem sido contestada devido aos riscos de poluição da água, de sismos e de libertação de gases com efeito de estufa.

Estes argumentos são relembrados na proposta de resolução do BE, que recomenda ao Governo que “proíba a exploração e extracção de hidrocarbonetos não-convencionais, conhecidos como gases e óleos de xisto, excepto para fins exclusivos de investigação científica”.

O BE recorda que nalguns países foram já adoptadas limitações à utilização da “fracturação hidráulica” – como em França, na Bulgária, nalgumas regiões da Alemanha e da Suíça, e nalguns estados dos EUA.

A exploração de hidrocarbonetos não-convencionais tem subido significativamente desde 2008, sobretudo nos Estados Unidos, provocando uma autêntica revolução nos fluxos e nos preços da energia. A Agência Internacional de Energia estima que até 2020 os EUA terão ultrapassado a Arábia Saudita e a Rússia, tornando-se no maior produtor mundial de petróleo.

Portugal tem potenciais reservas nas zonas do Bombarral, Cadaval e Alenquer, mas, até agora, sem interesse comercial provado.