Dois dos raptores na Argélia eram canadianos
Número de reféns mortos sobe para 57. Milícia islâmica que invadiu complexo de In Amenas teria membros de seis nacionalidades
A Reuters adianta que os extremistas islâmicos que invadiram e raptaram centenas de trabalhadores eram de seis nacionalidades e, segundo o ministro da Comunicação, Mohamed Said, citado pelo El País, teriam vindo da Líbia. Os números avançados até agora pelo Governo argelino indicam que pelo menos 32 raptores terão sido mortos e cinco capturados. Os trabalhadores estrangeiros mortos no local chegam já 57, adianta o Guardian, na sua edição online.
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A Reuters adianta que os extremistas islâmicos que invadiram e raptaram centenas de trabalhadores eram de seis nacionalidades e, segundo o ministro da Comunicação, Mohamed Said, citado pelo El País, teriam vindo da Líbia. Os números avançados até agora pelo Governo argelino indicam que pelo menos 32 raptores terão sido mortos e cinco capturados. Os trabalhadores estrangeiros mortos no local chegam já 57, adianta o Guardian, na sua edição online.
O primeiro-ministro argelino dará uma conferência de imprensa esta tarde onde se espera que faça um balanço mais preciso do assalto do exército ao complexo tomado pelos extremistas islâmicos.
O complexo foi sequestrado em protesto contra a intervenção militar da França no Mali para conter o avanço da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), aliada com outras forças radicais presentes naquele país e com a guerrilha independendista tuaregue, que há longos anos luta pela autodeterminação. O sequestro em In Amenas já é considerado um dos piores, disse à agência Reuters uma fonte das forças de segurança argelinas. Ainda há 20 reféns desaparecidos.
Entre os trabalhadores estrangeiros que morreram contam-se cidadãos norte-americanos, britânicos, franceses, japoneses, noruegueses e ainda um romeno e um filipino. No campo de In Amenas, no deserto do Sara, trabalhava também um francês lusodescendente, que foi libertado durante o fim-de-semana.
A mesma fonte disse à Reuters que as forças argelinas capturaram seis militantes islamistas e que continuam à procura dos outros que participaram no ataque àquele complexo de gás.
Espera-se agora que o primeiro-ministro argelino, Abdelmalek Sellal, adiante mais detalhes sobre o que aconteceu.
O ataque e cerco ao complexo de In Amenas da passada quarta-feira foi reivindicado pelo islamista Mokhtar Belmokhtar, até há um pouco um dos líderes da AQMI. Segundo Belmokhtar, 40 combatentes participaram no ataque, para exigir o fim da operação francesa no Norte do Mali, que tinha começado cinco dias antes.
Na quinta-feira, o Exército argelino decidiu abrir fogo sobre o complexo. Cerca de 700 trabalhadores argelinos e outra centena de estrangeiros conseguiram escapar.
Notícia actualizada às 12h28