FMI: dívida da Grécia “não é viável” sem mais ajuda da União Europeia

Há um buraco nas projecções preliminares para 2015-2016 que pode chegar aos 9500 milhões de euros

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Poul Thomsen, que lidera a missão do FMI na Grécia, afirmou que existe um buraco nas projecções preliminares para 2015-2016 que pode chegar aos 9500 milhões de euros.

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Poul Thomsen, que lidera a missão do FMI na Grécia, afirmou que existe um buraco nas projecções preliminares para 2015-2016 que pode chegar aos 9500 milhões de euros.

“O que importa é que os europeus sabem que existe esse buraco e que vão ter que preenchê-lo”, declarou durante uma teleconferência, a partir de Atenas.

A dívida grega “não é viável” sem transferências directas por parte da União Europeia, que se comprometeu nesse sentido, em Dezembro, frisou Thomsen.
 
O FMI tem pressionado a União Europeia a fazer mais para resolver a crise da dívida grega, depois do fundo alargar o seu prazo do empréstimo à Grécia de três para quatro anos e baixar os juros.

Apesar de já ter sido alvo de dois resgates, que envolveram a União Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional, bem como um perdão parcial da dívida por parte do sector privado, a Grécia vai entrar em 2013 no seu sexto ano de recessão, aumentando a dívida para 190% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014.

Na quarta-feira, o FMI desbloqueou uma nova ‘tranche’ do pacote de ajuda financeira, no valor de 3200 milhões de euros.

Thomsen afirmou que o Fundo só avançou porque recebeu garantias de que “os europeus iam arranjar o dinheiro” para as futuras necessidades da Grécia, antes do país poder regressar ao mercado para se financiar.

O mesmo responsável adiantou que o FMI não considera “realista” que a Grécia consiga voltar aos mercados antes do final de 2014.