Tens asma ou rinite? Pode ser da fast food
Um estudo académico, publicado recentemente, mostra que o abuso da comida rápida aumenta as probabilidades de desenvolvimento de doenças respiratórias, como a asma e a rinite
O estudo internacional "Asma e alergias na infância", levado a cabo nas Universidades de Auckland, na Nova Zelândia e de Nottingham, na Inglaterra, decidiu perceber se a "fast food" tinha algum contributo no agravamento das doenças respiratórias e alérgicas. Publicado na revista científica internacional "Thorax", não revela resultados animadores.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O estudo internacional "Asma e alergias na infância", levado a cabo nas Universidades de Auckland, na Nova Zelândia e de Nottingham, na Inglaterra, decidiu perceber se a "fast food" tinha algum contributo no agravamento das doenças respiratórias e alérgicas. Publicado na revista científica internacional "Thorax", não revela resultados animadores.
Segundo as conclusões do trabalho, a "fast food", quando consumida com regularidade (pelo menos três vezes por semana) aumenta as possibilidades de se desenvolver doenças como asma, irritações oculares e nas vias respiratórias ou ainda rinite. Estas probabilidades aumentam na pré-adolescência — 39% —, enquanto que aos seis, sete anos de idade aumenta 27 por cento.
Para além da obesidade, dos riscos cardiovasculares, do colesterol e de outras consequências do consumo abusivo da chamada "comida de plástico", há ainda que ter consciência deste perigo de desenvolvimento de doenças alérgicas. A culpa é dos ácidos gordos, pouco saudáveis, que aumentam o processo inflamatório no organismo, contribuindo para o desenvolvimento de alergias. O facto desta comida poder afectar ainda o sistema imunitário, segundo estudos anteriores, não ajuda à protecção do organismo.
Comer fruta tem efeito oposto
Mas ainda que a "fast food" esteja directamente relacionada com estes sintomas, outros alimentos foram colocados na "lista negra". Leite de vaca, ovos, peixe, leveduras e frutos secos também podem potenciar o agravemento das alergias referidas. Por outro lado, a fruta tem o efeito contrário: o seu consumo regular reduz os riscos (ou sintomas) entre 11 a 14 por cento.
Hywel Williams, um dos cientistas envolvidos no projecto, garante que "este é o maior estudo até à data sobre alergias em pessoas jovens em todo o mundo e os resultados são notavelmente consistentes em todo o mundo". Para além disso, "estes resultados têm grandes implicações na saúde pública", já que, como sublinha o investigador, "estas doenças alérgicas parecem estar a aumentar ao mesmo ritmo que a comida 'fast food' se torna cada vez mais popular".