Violador condenado a pena de morte na Índia
Homem de 56 anos violou menina de três anos até à morte. Juiz quer dar "mensagem para toda a sociedade".
O juiz que acompanhou o caso, julgado no distrito de Dwarka, a oeste de Nova Deli, qualificou o crime como o “mais horrível e diabólico” que viu em toda a sua carreira, justificando que por isso decidiu condenar o réu de 56 anos a pena de morte e a pagar uma multa de cerca de 1400 euros. “Esta é uma mensagem para toda a sociedade”, acrescentou Virender Bhat, citado pelo diário espanhol El Mundo.
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O juiz que acompanhou o caso, julgado no distrito de Dwarka, a oeste de Nova Deli, qualificou o crime como o “mais horrível e diabólico” que viu em toda a sua carreira, justificando que por isso decidiu condenar o réu de 56 anos a pena de morte e a pagar uma multa de cerca de 1400 euros. “Esta é uma mensagem para toda a sociedade”, acrescentou Virender Bhat, citado pelo diário espanhol El Mundo.
O crime remonta a 10 de Abril de 2011, quando a menina regressava a casa, no distrito de Kapas Hera, a sudoeste de Nova Deli. A menina foi interceptada pelo condenado, Bharat Singh, um caseiro que nesse dia estava a trabalhar sozinho e que a violou até à morte.
De acordo com as informações judiciais, a criança foi violada de forma tão agressiva que alguns dos seus órgãos internos ficaram de fora do corpo, acabando por morrer ainda antes que o acto terminasse. O corpo da menina foi depois abandonado no campo. O pai da criança deu-a como desaparecida e o cadáver foi descoberto dias mais tarde devido ao odor da decomposição, adianta o jornal Times of India.
A defesa de Bharat Singh ainda tentou alegar que este não tinha qualquer intenção de matar a menina mas de nada serviu. “Estas pessoas são uma ameaça para a sociedade e não merecem clemência”, contrapôs o juiz. E acrescentou: “Há um forte aumento dos crimes contra mulheres e em particular contra as mulheres menores de idade. Chegou o momento de a justiça ser inflexível com tais crimes e de aplicar os castigos mais severos”.
A decisão surge poucas semanas depois de uma outra violação colectiva ter indignado o país e de ter gerado várias manifestações. Seis homens foram acusados de terem violado durante mais de uma hora uma estudante de medicina de 23 anos de Nova Deli a 16 de Dezembro, que veio a morrer num hospital de Singapura.
A sucessão de casos de violação acordou o país para este problema. Têm-se, por isso, sucedido protestos para apelar às autoridades que sejam mais vigilantes e sensíveis perante o aumento dos crimes sexuais contra mulheres. Nova Deli é considerada como a “capital das violações da Índia” – a cidade registou em 2011 mais do dobro de casos de agressões sexuais do que Bombaim, por exemplo – e as mulheres estão agora mais alerta quando andam na rua à noite ou nos transportes públicos.