Movimento Sem Emprego vai protestar à porta do debate sobre reforma do Estado

Depois das limitações colocadas aos jornalistas, o MSE decidiu reagir e fazer-se ouvir na rua em frente ao Palácio Foz, onde decorre a conferência pedida pelo primeiro-ministro.

"Somos os que querem excluir da sociedade: desempregados, precários, subempregados", escreve o MSE em comunicado à imprensa, enviado depois de serem conhecidas as restrições de acesso ao debate sobre a reforma do Estado, que está a decorrer no Palácio Foz, por iniciativa do primeiro-ministro e organizado pela antiga dirigente do PSD Sofia Galvão.

No debate só se entra por convite e os jornalistas foram impedidos de fazer citações dos intervenientes, à excepção das sessões de abertura e encerramento. Foi a própria organizadora do evento quem o anunciou no início dos trabalhos: "Não haverá [reprodução de] nada do que seja dito sem a expressa autorização dos citados".

O MSE não gostou. "É também a nossa vida que está a ser discutida no Palácio da Foz. Não aceitamos que a discussão sobre o nosso futuro seja feita à nossa revelia. É muito grave que decisões sobre o futuro de todos os trabalhadores (activos e desempregados) estejam a ser tomadas de forma secreta", acrescentam os dinamizadores do MSE no comunicado.

É por isso – porque "esta discussão nunca deveria ter deixado de ser pública" – e porque exigem ser ouvidos que os cidadãos ligados ao MSE anunciam que vão estar esta quarta-feira, às 13h, no Palácio Foz.

Horas depois, às 17h30, o primeiro-ministro irá encerrar os trabalhos, numa sessão já não sujeita às limitações impostas ao debate com a chamada sociedade civil.

O Sindicato dos Jornalistas já classificou de “absurda” e “ilegítima” a restrição imposta pela organização da conferência Pensar o Futuro – Um Estado para a Sociedade e avisou que vai apresentar uma queixa à ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social.
 
 

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"Somos os que querem excluir da sociedade: desempregados, precários, subempregados", escreve o MSE em comunicado à imprensa, enviado depois de serem conhecidas as restrições de acesso ao debate sobre a reforma do Estado, que está a decorrer no Palácio Foz, por iniciativa do primeiro-ministro e organizado pela antiga dirigente do PSD Sofia Galvão.

No debate só se entra por convite e os jornalistas foram impedidos de fazer citações dos intervenientes, à excepção das sessões de abertura e encerramento. Foi a própria organizadora do evento quem o anunciou no início dos trabalhos: "Não haverá [reprodução de] nada do que seja dito sem a expressa autorização dos citados".

O MSE não gostou. "É também a nossa vida que está a ser discutida no Palácio da Foz. Não aceitamos que a discussão sobre o nosso futuro seja feita à nossa revelia. É muito grave que decisões sobre o futuro de todos os trabalhadores (activos e desempregados) estejam a ser tomadas de forma secreta", acrescentam os dinamizadores do MSE no comunicado.

É por isso – porque "esta discussão nunca deveria ter deixado de ser pública" – e porque exigem ser ouvidos que os cidadãos ligados ao MSE anunciam que vão estar esta quarta-feira, às 13h, no Palácio Foz.

Horas depois, às 17h30, o primeiro-ministro irá encerrar os trabalhos, numa sessão já não sujeita às limitações impostas ao debate com a chamada sociedade civil.

O Sindicato dos Jornalistas já classificou de “absurda” e “ilegítima” a restrição imposta pela organização da conferência Pensar o Futuro – Um Estado para a Sociedade e avisou que vai apresentar uma queixa à ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social.