Banco de Portugal prevê perda de mais 90 mil empregos este ano
O mercado de trabalho só irá estabilizar em 2014, diz a entidade liderada por Carlos Costa.
De acordo com o Boletim Económico de Inverno publicado nesta terça-feira pelo Banco de Portugal, o volume de emprego irá registar uma redução de 1,9% em 2013, o que representa uma variação negativa dos postos de trabalho de aproximadamente 90 mil pessoas. Esta quebra acontece depois de uma redução do número de empregos de 3,7% em 2012, ou seja, cerca de 180 mil pessoas.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
De acordo com o Boletim Económico de Inverno publicado nesta terça-feira pelo Banco de Portugal, o volume de emprego irá registar uma redução de 1,9% em 2013, o que representa uma variação negativa dos postos de trabalho de aproximadamente 90 mil pessoas. Esta quebra acontece depois de uma redução do número de empregos de 3,7% em 2012, ou seja, cerca de 180 mil pessoas.
O banco central explica esta evolução do emprego dizendo que a "contracção da actividade económica em 2013 se fará sentir de forma significativa no sector privado, considerando-se igualmente uma queda da actividade no sector público, num quadro de redução continuada do número de efectivos das administrações públicas".
O Banco de Portugal prevê que este ano a economia registe uma contracção de 1,9%, mais do que os 1,6% previstos em Novembro e que a recessão de 1% esperada pelo Governo e pela troika.
Para 2014, já se espera, em linha com uma previsão do PIB já positiva, uma "estabilização" do mercado de trabalho. No sector privado, poderá mesmo haver um aumento do emprego, continuando-se a esperar o cumprimento do plano de redução de efectivos na administração pública em 2014. Nas previsões para 2014, é preciso levar em linha de conta que o Banco de Portugal não considera ainda a possibilidade de novas medidas de austeridade afectarem a economia e, por consequência, o emprego.