Miguel Relvas desafia PS a tomar posição sobre extinção da ADSE

CDS-PP diz que PS “não sabe ao certo o que quer”, por anunciar posições divergentes sobre os sistemas de saúde.

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Ministro dos Assuntos Parlamentares admite que Governo possa extinguir a ADSE, mas o processo terá que ser feito com "muito cuidado" Nuno Ferreira Santos

“É uma proposta que me parecia particularmente positiva, mas estamos à espera que o PS diga qual é que é a posição que vale, se a do porta-voz para o sector e membro da direcção, se a do líder parlamentar”, afirmou esta segunda-feira o ministro dos Assuntos Parlamentares, comentando a hipótese de a ADSE (sistema de protecção dos trabalhadores da administração pública) ser extinta caso os socialistas regressem ao Governo.

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“É uma proposta que me parecia particularmente positiva, mas estamos à espera que o PS diga qual é que é a posição que vale, se a do porta-voz para o sector e membro da direcção, se a do líder parlamentar”, afirmou esta segunda-feira o ministro dos Assuntos Parlamentares, comentando a hipótese de a ADSE (sistema de protecção dos trabalhadores da administração pública) ser extinta caso os socialistas regressem ao Governo.

A posição foi defendida por Álvaro Beleza, membro do secretariado nacional do PS, que afirmou que, caso os socialistas regressem ao Governo, a ADSE deverá ser extinta, considerando que este subsistema de saúde é gerador de injustiças na sociedade portuguesa.

Carlos Zorrinho, líder parlamentar dos socialistas, negou, no entanto, que a extinção da ADSE se encontre nos planos do partido.

Miguel Relvas não descartou a possibilidade de o Governo avançar com a extinção do subsistema de saúde, mas sublinhou: “É uma matéria que deve ser tratada com muito cuidado e muito equilíbrio, porque estamos a tratar de direitos que tocam a muitos portugueses”.

Os 400 mil beneficiários da ADSE serão, segundo o ministro, “a principal preocupação do Governo” se avançar para a reforma, e para a qual desafia o PS a apresentar “uma proposta”, especificando quando e como pretende acabar com o subsistema e qual a alternativa que propõe para os beneficiários.

Já o CDS, pela voz de Adolfo Mesquita Nunes, veio dizer que “o PS não sabe aquilo que quer” – daí recusar participar activamente no debate da redução da despesa do Estado. “Temos agora a particularidade de recusar uma redução de despesa que foi proposta pelo próprio PS”, comentou o deputado centrista sobre as posições divergentes que os socialistas tiveram esta segunda-feira acerca da ADSE.

Além disso, afirma o deputado centrista, os socialistas só sabem governar aumentando a despesa pública.