Feministas protestam em topless no Vaticano contra a homofobia
Protesto coincidiu com marcha organizada em Paris contra a proposta do Presidente francês de legalizar o casamento entre homossexuais e permitir-lhes a adopção de crianças.
As manifestantes foram retiradas do local pela polícia, no momento em que o Papa Bento XVI fazia a tradicional oração de domingo perante dezenas de milhares de católicos que se aglomeravam na praça.
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As manifestantes foram retiradas do local pela polícia, no momento em que o Papa Bento XVI fazia a tradicional oração de domingo perante dezenas de milhares de católicos que se aglomeravam na praça.
As mulheres ficaram despidas na praça e tinham escrito no peito e nas costas a frase “In gay we trust” ("Confiamos nos gays") e "Shut up" ("Calem-se"), enquanto gritavam “Calem-se homofóbicos”. O protesto não foi bem recebido pela multidão e houve mesmo uma mulher que tentou bater nas manifestantes com um chapéu-de-chuva, enquanto lhes chamava “diabólicas”.
O protesto coincidiu com a marcha organizada na tarde deste domingo em Paris, França, contra o projecto do Presidente francês para legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo e permitir-lhes a adopção de crianças.
Esta manifestação em Paris teve o apoio explícito da Igreja Católica e dos partidos mais à direita, mas o Governo francês insiste em alterar a lei em vigor e permitir o “casamento para todos”.
Neste domingo, a Igreja Católica sublinhou a sua oposição à adopção de crianças por homossexuais. No jornal do Vaticano L’Osservatore Romano foi publicado um editorial que critica um tribunal italiano por rejeitar o pedido de um pai que disse temer que o seu filho não fosse ter uma educação adequada se fosse morar com a mãe e a companheira.
O tribunal considerou que era “um mero preconceito” pensar que viver com um casal homossexual poderia ser prejudicial para o desenvolvimento de uma criança.
"O ser humano é o masculino e o feminino... a família monogâmica é o local ideal para aprender o significado das relações humanas e é o ambiente onde a melhor forma de crescimento é possível", lê-se no editorial assinado por Adriano Pessina, director de Bioética da Universidade Católica do Sagrado Coração.<_o3a_p>