Síria liberta dois mil presos em troca de 48 iranianos

Acordo foi mediado por organização não-governamental turca. Teerão confirma libertação de "peregrinos" capturados em Agosto na capital pelos rebeldes

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Destruição em Alepo AFP

Segundo a IHH – uma ONG turca que ficou célebre pela organização de uma pequena frota de navios que em Maio de 2010 tentou furar o bloqueio israelita à Faixa de Gaza – as libertações começaram nesta manhã, após “meses de negociações no âmbito de uma diplomacia civil”.

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Segundo a IHH – uma ONG turca que ficou célebre pela organização de uma pequena frota de navios que em Maio de 2010 tentou furar o bloqueio israelita à Faixa de Gaza – as libertações começaram nesta manhã, após “meses de negociações no âmbito de uma diplomacia civil”.

Um porta-voz da organização disse à AFP que, ao todo, serão libertados “2130 civis detidos em várias cidades sírias”, incluindo Damasco, Homs, Idlib e Latakia. Pouco depois, a televisão estatal de Teerão confirmou que “48 peregrinos iranianos” tinham sido libertados.

Os iranianos foram presos em Agosto pelos rebeldes sírios, que os acusavam de ser agentes dos Guardas da Revolução, a força ideológica do regime iraniano, enviados a Damasco para apoiarem o Presidente sírio, Bashar al-Assad. Teerão sempre negou esta acusação, garantindo que eram fiéis em peregrinação a santuários xiitas na Síria.

Dos detidos libertados pelo regime sírio pouco se sabe. Segundo a IHH, há quatro turcos entre os abrangidos pelo acordo, bem como cidadãos de outras nacionalidades. Desde o início da revolta contra Assad, que entretanto deu lugar a uma sangrenta guerra civil, as forças de segurança sírias detiveram milhares de pessoas, muitas das quais permanecem em paradeiro desconhecido.