Fabricantes europeus preocupados com o futuro do carro eléctrico

Sem melhores condições para a recarga dos automóveis, indústria prevê uma penetração pequena do mercado.

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Só os carros eléctricos terão direito a um incentivo na hora de se deitar um carro velho fora Fernando Veludo/NFactos

A crise económica e a falta de harmonização entre os sistemas de recarga das baterias levam a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis a prever que a venda de carros eléctricos represente uma fatia de apenas 2% a 8% do mercado automóvel na próxima década.

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A crise económica e a falta de harmonização entre os sistemas de recarga das baterias levam a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis a prever que a venda de carros eléctricos represente uma fatia de apenas 2% a 8% do mercado automóvel na próxima década.

“A mobilidade eléctrica pode ser parte de uma solução de longo prazo para os nossos desafios de mobilidade. No entanto, precisamos das condições certas para que de facto avance”, refere o secretário-geral da associação, Ivan Hodac, citado num comunicado da organização.

A associação refere a necessidade de se harmonizarem as conexões dos automóveis à rede eléctrica, criando um sistema único que facilite que os carros possam ser ligados às tomadas de electricidade em qualquer lado.

“Nas actuais condições, é improvável que todo o potencial [dos carros eléctricos] seja aproveitado”, alerta a associação.

A consultora Pike Research pinta um quadro mais prometedor para o carro eléctrico a nível mundial. As vendas, que foram de 120.000 automóveis em 2012, deverão chegar a 3,8 milhões em 2020, segundo um estudo divulgado no princípio de Janeiro.