Crédito malparado às empresas supera os 10%

Tanto nos particulares como nas empresas tem vindo a aumentar o crédito de cobrança duvidosa.

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Avisos do Bnaco de Portugal sobre intermediação ilegal são recorrentes. Foto: Pedro Cunha / PÚBLICO

De acordo com os dados publicados nesta terça-feira pelo Banco de Portugal, de um total de crédito actualmente concedido pelos bancos portugueses a empresas de 106,6 mil milhões de euros, 10,8 mil milhões estão já classificados como sendo de cobrança duvidosa. Ou seja, 10,2% do crédito está a ser considerado como malparado. Em Outubro, este indicador estava nos 9,97%.

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De acordo com os dados publicados nesta terça-feira pelo Banco de Portugal, de um total de crédito actualmente concedido pelos bancos portugueses a empresas de 106,6 mil milhões de euros, 10,8 mil milhões estão já classificados como sendo de cobrança duvidosa. Ou seja, 10,2% do crédito está a ser considerado como malparado. Em Outubro, este indicador estava nos 9,97%.

A ultrapassagem da barreira dos 10% acontece na sequência de uma subida muito rápida do crédito malparado no caso das empresas que se regista desde o início de 2012. Em Dezembro de 2011, o malparado nas empresas estava em 6% do total do crédito. Desde esse momento, registou subidas consecutivas todos os meses, excepto em Setembro.

O novo recorde no malparado acontece num momento em que o valor do crédito concedido às empresas regista também a sua variação mais negativa desde pelo menos 1997, caindo 8% em Novembro face a igual período do ano anterior. A concessão de crédito às empresas, seja por uma maior restrição por parte dos bancos, seja por falta de interesse das empresas em investir, está a cair a um ritmo muito elevado.

No caso dos particulares, a tendência é a mesma. Os números divulgados pelo Banco de Portugal mostram que, em Novembro, o crédito concedido caiu 4% face ao mesmo mês do ano anterior, a descida mais acentuada desde pelo menos 1997.

O crédito malparado subiu de 3,7% em Outubro para 3,8% em Novembro, também um novo máximo. No final de 2011, este indicador estava em 3,4%.