Manoel de Oliveira já regressou a casa
Realizador de O Gebo e a Sombra passou o Natal e Ano Novo no hospital, a recuperar de uma infecção bacteriana
Manoel de Oliveira regressou à sua casa no Porto, na tarde de segunda-feira, finalmente restabelecido dos problemas respiratórios e da infecção bacteriana que obrigou ao seu internamento, num hospital público portuense, no passado dia 20 de Dezembro.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Manoel de Oliveira regressou à sua casa no Porto, na tarde de segunda-feira, finalmente restabelecido dos problemas respiratórios e da infecção bacteriana que obrigou ao seu internamento, num hospital público portuense, no passado dia 20 de Dezembro.
O realizador de O Gebo e a Sombra viu-se obrigado a passar o Natal e o Ano Novo em regime de internamento, mas, apesar dos 104 anos de idade, conseguiu recuperar de modo a poder regressar agora a casa. “Sente-se muito melhor, e está bem disposto”, disse ao PÚBLICO a sua filha Adelaide Trêpa, acrescentando que foi “muito bem tratado” no hospital, que, no entanto, não quis identificar.
Manoel de Oliveira tinha sido já internado, no Verão do ano passado, num hospital de Gaia, com problemas cardíacos.
No regresso a casa, aquele que é o mais velho realizador em actividade em todo o mundo – Oliveira iniciou a carreira ainda no tempo do cinema mudo, com o documentário Douro, Faina Fluvial, estreado em 1931 – ficará à espera de poder concretizar algum dos seus dois projectos mais imediatos: a curta-metragem O Velho do Restelo, baseado na biografia O Penitente, que Teixeira de Pascoaes dedicou a Camilo, e com recurso também a textos de Camões e de Cervantes; e a longa-metragem A Igreja do Diabo, a partir de Machado de Assis.