“Rooney do povo” da Coreia do Norte vai para a Coreia do Sul

O avançado norte-coreano Tae-Se Jong é conhecido como o “Rooney do povo” desde o Mundial de 2010 por causa das lágrimas que vertia enquanto ouvia o hino

Foto
Christian Charisius/Reuters

O avançado internacional norte-coreano Tae-Se Jong, que joga actualmente no Colónia, da segunda divisão alemã de futebol, vai assinar pelos Suwon Samsung Bluewings, um dos mais importantes clubes da Coreia do Sul, anunciou esta quinta-feira aquela equipa.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O avançado internacional norte-coreano Tae-Se Jong, que joga actualmente no Colónia, da segunda divisão alemã de futebol, vai assinar pelos Suwon Samsung Bluewings, um dos mais importantes clubes da Coreia do Sul, anunciou esta quinta-feira aquela equipa.

“Chegámos a acordo com o Colónia para a transferência de Jong. O jogador chegará na próxima segunda-feira para exames médicos. Se tudo estiver bem, assinaremos um contrato”, disse Ho-Seung Lee, director geral do Suwon, uma equipa criada pela Samsung..

O internacional é conhecido como o “Rooney do povo” desde o Mundial de 2010, no qual ficou na lembrança de muita gente por causa das lágrimas que vertia enquanto ouvia o hino, nomeadamente no jogo contra Portugal.

Tae-Se Jong vai tornar-se, aos 28 anos, o quarto jogador norte-coreano a ir representar um clube de futebol no campeonato sul-coreano.

O internacional, que nasceu no Japão, filho de pai sul-coreano e mãe norte-coreana, teve como primeira nacionalidade a Coreia do Sul, mas o seu apego ao sistema comunista da Coreia do Norte, herdado da sua mãe, levou a mudar de cidadania e a jogar pela selecção “Chollima”.

O Suwon, que conquistou quatro vezes o campeonato sul-coreano desde a sua criação, em 1995, acordou pagar 300.000 euros pela transferência do jogador, cujo salário anual rondará os 286.000 euros.

As duas Coreias, que se encontram tecnicamente em guerra desde o conflito que as enfrentou entre 1950 e 1953, terminaram o conflito com um armistício, mas as relações entre os dois países nunca foram pacíficas desde então.