Domingos aceitou Deportivo, porque queria “trabalhar”
Técnico garante que não vai dar preferência aos jogadores portugueses.
“A vida de treinador é difícil em todos os sítios. Para mim é um orgulho treinar o Deportivo”, disse Domingos Paciência nesta segunda-feira, durante a apresentação como treinador do clube galego.
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“A vida de treinador é difícil em todos os sítios. Para mim é um orgulho treinar o Deportivo”, disse Domingos Paciência nesta segunda-feira, durante a apresentação como treinador do clube galego.
Questionado sobre os motivos por que aceitou treinar o último classificado da Liga espanhola, o treinador respondeu: “Aceitei porque estou convencido de que posso ajudar o Deportivo. E além disso queria trabalhar, estar activo.”
Domingos vai orientar sete jogadores portugueses na equipa galega – Zé Castro, Tiago Pinto, André Santos, Bruno Gama, Diogo Salomão, Pizzi e Nélson Oliveira (Roderick está de saída) – mas garantiu que não haverá qualquer tipo de discriminação, nem favorecimento aos jogadores representados por Jorge Mendes.
“É-me indiferente que [um jogador] seja português ou não. [Como jogador] não gostava de injustiças e que jogasse outro quando eu era melhor, por isso a nacionalidade é-me indiferente”, esclareceu, citado pelo jornal Ás, o técnico português, que já orientou clubes como União de Leiria, Académica, Sp. Braga e Sporting.
Domingos, que completa 44 anos em Janeiro, assinou contrato até ao final da temporada e vai treinar pela primeira vez um clube estrangeiro.
Durante a apresentação do novo treinador, o presidente do Deportivo, Augusto César Lendoiro, revelou que já tinha tentado ter o português no clube: “Tentámos contratá-lo quando era jogador do FC Porto, mas o Tenerife antecipou-se”, revelou o líder galego, que agora escolheu Domingos como sucessor de José Luis Oltra, despedido devido aos maus resultados – o "Depor" é último classificado da Liga espanhola, com apenas 12 pontos em 17 jogos.