Baptista da Silva pediu para sair de instituições a que pertencia
International Club of Portugal e Academia de Bacalhau de Lisboa aceitaram pedido de demissão do homem que se apresentou como consultor da ONU.
De acordo com o Diário de Notícias (DN) deste domingo, o alegado burlão, que se diz vítima de “ataques mediáticos”, enviou um e-mail na sexta-feira a cada a uma das associações a desvincular-se da sua posição de associado, para evitar “inconvenientes institucionais”.
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De acordo com o Diário de Notícias (DN) deste domingo, o alegado burlão, que se diz vítima de “ataques mediáticos”, enviou um e-mail na sexta-feira a cada a uma das associações a desvincular-se da sua posição de associado, para evitar “inconvenientes institucionais”.
Baptista da Silva apresentou-se como coordenador de um suposto Observatório Económico e Social criado no âmbito do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e foi nessa qualidade que ganhou exposição pública no final deste ano, ao aparecer nos media projectado por uma entrevista ao Expresso e uma participação num programa da SIC Notícias – depois de ter participado num debate organizado pelo International Club of Portugal.
Tanto esta associação como a Academia do Bacalhau aceitaram o pedido de Baptista da Silva para deixar de ser associado, escreve o DN. À Academia do Bacalhau, a quem se apresentara em Fevereiro como professor universitário e senior fellow da Milton Wisconsin University, Baptista da Silva solicitou agora: “No sentido de tentar evitar quaisquer inconvenientes institucionais para a Academia do Bacalhau de Lisboa, resultantes dos ataques mediáticos de que estou a ser alvo, apresento, com efeitos imediatos, a demissão de associado”.
O teor da mensagem de correio electrónico enviada ao International Club of Portugal é o mesmo, no sentido de Baptista da Silva sair para proteger “o bom-nome do clube”, segundo disse ao mesmo jornal o presidente desta entidade.
Baptista da Silva mostrou-se indignado com as acusações que lhe têm sido feitas na última semana. Numa nota enviada à agência Lusa na quinta-feira – um dia depois de o PNUD confirmar que o alegado burlão não está ligado à instituição – Baptista da Silva defende-se das acusações e diz ser “colaborador voluntário” da ONU. “A esmagadora maioria dos colaboradores do PNUD são voluntários, logo, não é suposto pertencerem a nenhuma base de dados das Nações Unidas”, contrapôs.
Como o PÚBLICO avançou, Baptista da Silva está ligado ao PS e participou em campanhas eleitorais. Esteve presente na última Universidade de Verão do partido, em Évora, onde, segundo o Expresso, se apresentou aos socialistas como tendo sido assessor de Jorge Sampaio.