Jovem indiana vítima de violação colectiva morreu no hospital
Caso deu origem a vários protestos, com os manifestantes a pedirem pena de morte para os agressores. Governo abriu inquérito e implementou medidas para aumentar a segurança das mulheres.
O ataque foi feito no dia 16 por um grupo de homens num autocarro em Nova Deli. Ao longo de 90 minutos, a jovem, estudante de medicina, foi violada por seis homens, incluindo o condutor do autocarro (o veículo prosseguia viagem com um passageiro ao volante). O rapaz que a acompanhava foi espancado e o autocarro passou por postos de controlo da polícia, mas nunca parou. As duas vítimas, a quem bateram com barras de ferro, foram deixadas à beira da estrada, roubadas e sem roupa.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O ataque foi feito no dia 16 por um grupo de homens num autocarro em Nova Deli. Ao longo de 90 minutos, a jovem, estudante de medicina, foi violada por seis homens, incluindo o condutor do autocarro (o veículo prosseguia viagem com um passageiro ao volante). O rapaz que a acompanhava foi espancado e o autocarro passou por postos de controlo da polícia, mas nunca parou. As duas vítimas, a quem bateram com barras de ferro, foram deixadas à beira da estrada, roubadas e sem roupa.
O caso motivou vários protestos num país onde os crimes sexuais ainda são tabu e onde os casos que chegam a tribunal demoram vários anos a serem julgados. Nas ruas, várias manifestações de milhares de pessoas pediram a pena de morte para os assaltantes.
Os seis homens alegadamente responsáveis pelo ataque foram detidos e dois agentes da polícia estão suspensos. De acordo com fontes judiciais, os indivíduos estão acusados dos crimes de violação e homicídio na forma tentada, podendo incorrer numa pena de prisão perpétua.
O Governo indiano anunciou a abertura de um inquérito, supervisionado pelo juiz aposentado Usha Mehra, para apurar os “possíveis lapsos por parte da polícia ou qualquer outra autoridade ou pessoa que possa ter contribuído para a ocorrência e assacar responsabilidades pelos lapsos ou negligência”, explicou o ministro das Finanças e porta-voz do Governo, Chidambaram Palaniappan. Um segundo painel de inquérito foi constituído para avaliar as leis existentes e “sugerir as mudanças necessárias na legislação para ajustar a punição para estes crimes horríficos”.
As autoridades também avançaram com medidas de emergência destinadas a garantir a segurança das mulheres que viajam nos transportes públicos ou nas ruas de Deli, nomeadamente o reforço das patrulhas policiais nocturnas ou a proibição de cortinados ou vidros fumados nos autocarros.
Esta semana, uma adolescente suicidou-se na Índia depois de ter sido violada em Novembro e aconselhada pela polícia a desistir da queixa contra os agressores. Foi aconselhada a casar com quem a violou ou a aceitar uma compensação financeira.