Tribunais declaram 52 falências judiciais por dia

Insolvências em Portugal subiram 62% este ano para quase 19 mil.

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Há três anos ainda eram as empresas as que mais faliam, agora são as famílias Paulo Pimenta

A escalada das falências judiciais no país continua a ser muito alimentada pelas dificuldades financeiras das famílias, apesar de, no lado das empresas, também se ter verificado um aumento de 41% no número de casos que entraram nos tribunais portugueses desde Janeiro, com especial incidência no sector do comércio.

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A escalada das falências judiciais no país continua a ser muito alimentada pelas dificuldades financeiras das famílias, apesar de, no lado das empresas, também se ter verificado um aumento de 41% no número de casos que entraram nos tribunais portugueses desde Janeiro, com especial incidência no sector do comércio.

Dados cedidos ao PÚBLICO pelo Instituto Informador Comercial (IIC), uma empresa de gestão de crédito que compila as insolvências publicadas em Diário da República e no portal Citius (do Ministério da Justiça), mostram que entre 1 de Janeiro e 26 de Dezembro de 2012 foram declarados falidos 18.627 empresas e particulares, a um ritmo de 52 casos por dia. Um número que compara com os 11.515 processos registados no ano passado e que, face a 2010, representa um acréscimo de 174%.

Precipitadas pela crise que se instalou no país, as insolvências sofreram um primeiro grande impulso há três anos, mas nessa altura ainda eram as empresas que mais contribuíam para o avolumar de casos nos tribunais. A partir de 2010, a tendência inverteu-se e os particulares assumiram as rédeas na escalada das falências em Portugal. Até que, no ano seguinte, passaram a representar mais de 50% dos processos, quando em 2008 pesavam apenas 22%.

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