Luís Figo e o Mundial 2014: "Temos de lutar pelo segundo lugar"

O antigo internacional português considera que Ronaldo tem "boas condições" para ser eleito o melhor jogador do ano.

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"O primeiro lugar está difícil, apesar de, matematicamente, ser ainda possível", diz Figo Rui Soares

“O primeiro lugar está difícil, apesar de, matematicamente, ser ainda possível. Temos de lutar pelo segundo lugar, que acho que vamos conseguir, e depois, se assim acontecer, depende um pouco da outra selecção que se possa cruzar connosco [no play-off]”, afirmou, numa entrevista divulgada no sítio da Federação Portuguesa de Futebol.

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“O primeiro lugar está difícil, apesar de, matematicamente, ser ainda possível. Temos de lutar pelo segundo lugar, que acho que vamos conseguir, e depois, se assim acontecer, depende um pouco da outra selecção que se possa cruzar connosco [no play-off]”, afirmou, numa entrevista divulgada no sítio da Federação Portuguesa de Futebol.

Com sete pontos após quatro jogos, Portugal ocupa o terceiro lugar do Grupo F, em igualdade com Israel, segunda classificada, e está a cinco da Rússia, que lidera de forma destacada.

Luís Figo referiu que o ambiente que se vive na selecção pode ser uma mais-valia para o bom desempenho da equipa, tal como aconteceu durante o período em que vestiu a camisola das “quinas”.

“O ambiente que existiu entre jogadores foi o que ajudou a superar momentos difíceis e fez com que conseguíssemos crescer. O ambiente que criámos entre nós fez com que pudéssemos conquistar muitas coisas e superar outras mais difíceis”, disse.

Caso Portugal consiga garantir presença no Mundial do Brasil, Figo admite que tudo pode acontecer e que, “dependendo do momento de forma dos jogadores e da equipa”, Portugal pode “aspirar a chegar a uma final e conseguir um lugar de prestígio”.

Para Luís Figo, Cristiano Ronaldo “tem todas as condições” para vencer a Bola de Ouro, porque “teve uma boa campanha o ano passado, venceu a Liga espanhola e teve um bom desempenho no Europeu”. “Mas os troféus individuais estão sempre sujeitos à opinião de uma centena de pessoas”, acrescentou o antigo internacional português.

Figo garantiu ter sido “um privilégio” e “um dos pontos altos da carreira” receber a Bola de Ouro em 2001, numa altura em que havia mais candidatos ao galardão.

“Nessa altura, havia, se calhar, um leque mais alargado de possíveis ganhadores, talvez 15 ou 20. Neste momento, se calhar, existem quatro ou cinco”, referiu.

Na opinião de Luís Figo, Portugal pode continuar a produzir bons futebolistas: “Se se trabalhar bem, em termos de formação nos clubes a nível nacional, vai sempre ser uma fábrica de grandes talentos”.

O antigo internacional português classificou como “positiva” a actual gestão da FPF, liderada há um ano por Fernando Gomes, e realçou o crescimento do futsal e do futebol feminino.

“É a demonstração de que outras modalidades têm seguidores, que prestigiam o nome de Portugal, têm qualidade e que cada vez se vão tornando selecções mais fortes e respeitadas por todo o mundo”, disse.