ONU dá luz verde a intervenção militar no Mali

Intervenção não deverá ter início antes do Outono de 2013.

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Norte do Mali está há meio ano sob o controlo dos tuaregues e de grupos islamistas Luc Gnago/Reuters

Será uma força constituída por contingentes de países africanos, com o apoio das Nações Unidas. Essa força deverá usar “todos os meios necessários” para ajudar o Norte do país a recuperar do controlo de “terroristas, extremistas e grupos armados”.

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Será uma força constituída por contingentes de países africanos, com o apoio das Nações Unidas. Essa força deverá usar “todos os meios necessários” para ajudar o Norte do país a recuperar do controlo de “terroristas, extremistas e grupos armados”.

O texto, redigido pela França com o apoio dos Estados Unidos, do Reino Unido, de Marrocos e do Togo, inclui um apelo a Bamako para que dê início a um “diálogo político que restabeleça plenamente a ordem constitucional”. O objectivo é o de que possam ser realizadas eleições presidenciais e legislativas antes de Abril.

O documento defende ainda que as autoridades de transição no Mali devem iniciar negociações “credíveis” com os grupos que controlam as províncias do Norte, em particular os tuaregues, que se afastaram das “organizações terroristas” que tomaram a região, na sequência do golpe de Estado de Março, como a Al-Qaeda do Magrebe Islâmico e o Mujao.

A resolução não fixa uma data para o início da ofensiva no Norte do país, controlado por grupos de rebeldes islamistas desde há seis meses. Responsáveis das Nações Unidas e diplomatas não acreditam, contudo, que a reconquista das províncias do Norte comece antes do Outono de 2013.