Famílias dos Açores têm rendimentos acima da média, mas são também as que menos gastam
Novos dados do INE mostram que mortalidade infantil apresentou valores zero em vários municípios do interior.
Segundo dados dos anuários estatísticos regionais divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os agregados familiares detinham naquele ano um rendimento líquido anual médio de 23,8 mil euros, apenas superado, à escala regional, por Lisboa, com um valor de 27,5 mil euros, e pelos Açores, com 25 mil euros. Na situação inversa encontra-se o Alentejo, com o rendimento mais baixo por agregado (20,6 mil euros).
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Segundo dados dos anuários estatísticos regionais divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os agregados familiares detinham naquele ano um rendimento líquido anual médio de 23,8 mil euros, apenas superado, à escala regional, por Lisboa, com um valor de 27,5 mil euros, e pelos Açores, com 25 mil euros. Na situação inversa encontra-se o Alentejo, com o rendimento mais baixo por agregado (20,6 mil euros).
Ao contrário dos Açores, Lisboa mantém-se no topo no que respeita à despesa média por agregado, que foi de 22,4 mil euros/ano contra numa média nacional de 20,4 mil euros. Nos Açores, este valor cai para 17,6 mil euros.
Mas as despesas com habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis têm maior peso ali do que nas outras regiões do país. Representaram 34,6% da despesa por família, contra mais de 29,2% da média nacional. No Norte, as despesas com habitação não ultrapassavam os 26,5%.
Centro com maior participação eleitoral
Os Açores, em conjunto com a Madeira e o Alentejo, são, por outro lado, as regiões com menor oferta de pessoal médico por habitante. As regiões autónomas apresentam, no entanto, os valores mais elevados de oferta de camas hospitalares por habitante. Nos Açores, esta proporção é de 7,2 e, na Madeira, de 6,8, sendo a média nacional de 3,4.
É ainda em municípios do interior do país, tanto no continente como nas regiões autónomas, que se encontra no último ano uma taxa de mortalidade infantil de valor zero. Os valores mais elevados entre 2007 e 2011 registaram-se nas regiões do Pinhal Interior Sul, Baixo Alentejo, Beira Interior Norte e Beira Interior Sul. Na primeira região, a taxa de mortalidade infantil quase duplicou o valor médio nacional.
Os anuários regionais do INE permitem também comparar os diferentes comportamentos das regiões do país quando são chamadas a participar em eleições. Em 2011, nas eleições para a Assembleia da República (AR) e Presidência da República, a taxa de abstenção, a nível nacional, foi a mais elevada dos últimos 20 anos. Para a Presidência foi de 53,5% e para a AR de 41,9%.
Nas eleições legislativas, as regiões de Lisboa (38,6%) e do Norte (39,8%) foram as únicas que apresentaram taxas de abstenção abaixo da média nacional, mas os municípios com maior participação eleitoral são da região Centro: Sardoal, Vila de Rei e Mação tiveram taxas de abstenção inferiores a 32%. No pólo oposto, em vários municípios dos Açores a taxa de abstenção esteve acima dos 60%.