Efromovich diz que houve “precipitação do Governo”
O milionário que estava na corrida à TAP fala de “um grande mal-entendido” em relação ao chumbo que o Governo deu à privatização da empresa.
“Houve precipitação do Governo”, disse, explicando que julgava que a prova de que dispunha de meios para adquirir e recapitalizar a empresa só teria de ser feita “quando fosse assinado o contrato de venda”, caso a proposta que fez tivesse passado no Conselho de Ministros desta quinta-feira.
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“Houve precipitação do Governo”, disse, explicando que julgava que a prova de que dispunha de meios para adquirir e recapitalizar a empresa só teria de ser feita “quando fosse assinado o contrato de venda”, caso a proposta que fez tivesse passado no Conselho de Ministros desta quinta-feira.
O executivo de Passos Coelho decidiu esta quinta-feira chumbar a oferta, num valor de 1,5 mil milhões de euros, por “falta de garantias bancárias”, disse a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, no final do Conselho de Ministros.
“O fecho do contrato seria o momento de pagar e de documentar as garantias. O Conselho de Ministros era só o momento de aprovar ou não a proposta”, afirmou Efromovich, que era o único candidato à TAP, acrescentando que “o Governo esperava receber hoje elementos que só deveriam chegar mais à frente”.
O investidor queixa-se de não ter recebido qualquer pedido de clarificação do executivo quanto a esta matéria, que foi central na decisão conhecida nesta quinta-feira. “Se quisessem, poderiam ter pedido provas”, respondeu. “Sinto muito o que aconteceu. Estou frustrado”, disse.