Tito Vilanova na mesa de operações
O treinador do Barcelona foi submetido a uma segunda cirurgia a um tumor.
Esta é a segunda vez que o técnico catalão se submete a uma intervenção médica deste tipo. A 22 de Novembro do ano passado, Tito Vilanova foi operado àquela glândula, depois de um controlo médico de rotina ter detectado a doença e obrigado a uma cirurgia imediata. Só que o cancro recidivou, forçando a esta nova intervenção médica.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Esta é a segunda vez que o técnico catalão se submete a uma intervenção médica deste tipo. A 22 de Novembro do ano passado, Tito Vilanova foi operado àquela glândula, depois de um controlo médico de rotina ter detectado a doença e obrigado a uma cirurgia imediata. Só que o cancro recidivou, forçando a esta nova intervenção médica.
Agora, tal como na altura, Tito Vilanova disse aos seus jogadores o mesmo: “Voltarei depressa”.
Os rumores sobre uma recaída do técnico do Barcelona surgiram na manhã de quarta-feira, depois de o clube ter cancelado o habitual almoço de Natal com a imprensa e a conferência de imprensa do presidente, Sandro Rosell, sem dar justificações. Essas, surgiram por volta das seis da tarde, através de um comunicado médico no qual se explicava a necessidade de voltar a operar Tito Vilanova, se avançava que o período de internamento hospitalar seria de três a quatro dias e se acrescentava que, posteriormente, o catalão teria que submeter-se a um tratamento de radioterapia e quimioterapia que duraria seis semanas.
A notícia espalhou-se rapidamente nas redes sociais e deu origem a uma enxurrada de reacções. Na rede social Twitter, o tópico #Ànims Tito transformou-se num dos mais utilizados e muitos desportistas expressaram na Internet os seus votos de melhoras e as suas manifestações de apoio a Vilanova. “Todos estamos contigo para dar este novo passo”, escreveu, por exemplo, o tenista Rafael Nadal. Nem mesmo o Real Madrid, clube com quem o Barcelona tem uma rivalidade histórica, ficou à margem desta onda de solidariedade e, num comunicado oficial, expressou “o seu apoio, carinho e afecto ao treinador do Barcelona”, desejando-lhe “uma rápida recuperação”. Somaram-se ainda declarações de vários jogadores merengues, como Casillas, Marcelo ou Sergio Ramos, embora, por enquanto, nenhum dos jogadores portugueses do Real tenha comentado a situação. Nem José Mourinho, o treinador do actual campeão espanhol, e que teve um desentendimento público com Vilanova quando este era treinador adjunto dos catalães.
Tito Vilanova não gostava que lhe perguntassem pelo seu estado de saúde, desde que tinha sido obrigado a ir para a mesa de operações, há cerca de 13 meses. Tentava, assim, desviar as atenções. E quase todos consideraram que o problema estava ultrapassado quando, a 27 de Abril, aceitou substituir Pep Guardiola à frente da equipa do Barcelona.
Como treinador principal, Tito Vilanova não desiludiu. Pelo contrário. Foi capaz de fazer com que uma equipa praticamente perfeita quebrasse mais um recorde: o de melhor arranque da história da Liga espanhola (15 vitórias e um empate). Pelo meio a liderança destacada do campeonato e a qualificação para os oitavos-de-final da Taça do Rei e da Liga dos Campeões.
No dia em que se soube da necessidade de Tito Vilanova se submeter a nova intervenção cirúrgica, presidente e director desportivo do Barcelona, Sandro Rosell e Andoni Zubizarreta, respectivamente, revelaram que o adjunto Jordi Roura assumirá o cargo até à recuperação de Vilanova, num sinal de total confiança no regresso do técnico. Uma solução que serve também para desmentir os rumores de que teriam sido contactados outros treinadores, como Luis Enrique ou até Guardiola.
É que, na cabeça de todos, parecem continuar a ecoar as palavras de Tito Vilanova sobre Abidal, jogador do clube que também sofreu de cancro, mas no fígado. “A tua luta é a nossa força. Esperaremos por ti o tempo que for preciso”.