“O CDS não sabe o que quer e isso é dramático para o país”
O mais desalinhado dos democratas-cristãos, Filipe Anacoreta Correia, diz em entrevista ao PÚBLICO, nesta terça-feira, que o partido mais pequeno da coligação governamental “tem de resolver um problema de coerência grande”.
O CDS “não pode dizer que serve o país num caminho, que é estar no Governo, e ao mesmo tempo dizer que esse caminho é odioso e faz mal ao país”, diz. Por isso, o partido “tem de resolver um problema de coerência grande”.
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O CDS “não pode dizer que serve o país num caminho, que é estar no Governo, e ao mesmo tempo dizer que esse caminho é odioso e faz mal ao país”, diz. Por isso, o partido “tem de resolver um problema de coerência grande”.
Crítico do distanciamento público que o CDS mantém em relação a medidas do Governo, Correia considera ser normal alguma tensão na coligação, mas sublinha que as divergências do seu partido deveriam incidir em medidas concretas e não em fait-divers.
No dia seguinte à afirmação de Passos Coelho – que disse que gasta mais tempo com o CDS do que com o seu próprio partido – este democrata-cristão conclui, por isso, que o partido dele “está no Governo de coligação com alguma reserva”. Critica também o facto de o CDS “poucas vezes clarificar, quantificar e especificar” as divergências com o PSD que, no entender dele, são tudo menos do que pontuais.
Por outro lado, lamenta que o partido continue a ser “determinado de mais por uma voz” – a de Paulo Portas – o que “revela uma lógica bastante pobre” e “pouco plural”.
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