Vítor Gaspar recusa-se a prever ponto de viragem para a economia
Ministro das Finanças diz que nunca teve “pretensões de ter projecções infalíveis”.
Desafiado pela deputada do Bloco de Esquerda Ana Drago a “explicar quando exactamente é que a economia portuguesa irá iniciar um ponto de viragem”, Vítor Gaspar disse que não faz e não fará nunca esse tipo de previsão. “Em cenários de crise como a actual, não há possibilidade de garantir com certezas quais os resultados do ajustamento”, afirmou o ministro. Vítor Gaspar esclareceu ainda que o “ponto de viragem” foi expressão que usou apenas quando se estava a referir “ao financiamento do tesouro, não ao emprego, não ao crescimento”.
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Desafiado pela deputada do Bloco de Esquerda Ana Drago a “explicar quando exactamente é que a economia portuguesa irá iniciar um ponto de viragem”, Vítor Gaspar disse que não faz e não fará nunca esse tipo de previsão. “Em cenários de crise como a actual, não há possibilidade de garantir com certezas quais os resultados do ajustamento”, afirmou o ministro. Vítor Gaspar esclareceu ainda que o “ponto de viragem” foi expressão que usou apenas quando se estava a referir “ao financiamento do tesouro, não ao emprego, não ao crescimento”.
“Nunca tive pretensões de ter projecções infalíveis", disse, repetindo que o país continua “numa situação de crise e emergência”.
Na comissão parlamentar de acompanhamento do programa de ajustamento, o ministro ouviu ainda fortes críticas da oposição à forma como estão a decorrer os processos de privatizações.
O deputado socialista Basílio Horta afirmou que, ao contrário do Governo, o PS não via as privatizações como reformas estruturais, mas sim como medidas de urgência, acusou o Executivo de falta de transparência nestes processos e perguntou qual o papel do ministro-adjunto, Miguel Relvas, nas privatizações.
Vítor Gaspar defendeu que “as privatizações são um sinal importante de abertura e concorrência e uma forma de diversificar fontes de financiamento”. Disse ainda que “a transparência é assegurada pelo escrutínio público, pela dupla fiscalização do Tribunal de Contas e da comissão de acompanhamento” e remeteu para o comunicado de segunda-feira do gabinete do primeiro-ministro qualquer esclarecimento sobre o papel de Miguel Relvas.