Custo do trabalho em Portugal contraria tendência e cresce 1,1%
E a primeira vez que o indicador de custo do trabalho por hora cresce desde 2011.
Esta subida traduz um aumento de 1,2% nos custos salariais e de 0,6% nas despesas não-salariais com os trabalhadores, segundo o mesmo organismo.
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Esta subida traduz um aumento de 1,2% nos custos salariais e de 0,6% nas despesas não-salariais com os trabalhadores, segundo o mesmo organismo.
O aumento foi significativamente maior no sector da construção, que registou 6,4% de despesa acrescida por trabalhador à hora, e foi menor no sector industrial, em que subiu apenas 0,1% em comparação com 2011. No sector dos serviços, o custo do trabalho em Portugal aumentou 2,3%.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) havia publicado em Novembro os mesmos 1,1% de aumento no custo de trabalho. Segundo o gabinete de estatística, a subida é explicada pelos “acréscimos dos custos médios do trabalho e por decréscimos no número de horas efectivamente trabalhadas” no sector da indústria, construção e comércio a retalho.
Portugal mostra ainda resultados opostos na separação do custo de trabalho na economia comercial e não comercial. Enquanto que na primeira, os custos de trabalho aumentaram 1,9%, no trabalho não comercial, Portugal registou uma descida de 0,7%, uma das mais fortes da Zona Euro.
Os custos do trabalho encontram-se em queda desde o terceiro trimestre de 2011. Destaques para a quebra de 4% no último trimestre do ano passado e no segundo trimestre de 2012.
Na Zona Euro, o custo de trabalhador por hora aumentou 2% no terceiro trimestre deste ano. O gabinete de estatísticas europeu realça as subidas na Estónia, de 7,6% e na Roménia, de 7,2%. Apenas a Eslovénia viu cair os seus custos laborais, em 0,8%.
Na União Europeia a 27, os custos do trabalho aumentaram 1,9% no terceiro trimestre do ano, face ao mesmo período de 2011.