Ranking acrescenta "muito pouco", diz bastonário dos médicos

Listas ordenadas "enfermam de muitas dificuldades e grandes fragilidades", considera José Manuel Silva

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José Manuel Silva defende que listas devem considerar mortalidade de cada hospital PÚBLICO

José Manuel Silva falava a propósito da divulgação, este sábado, do mais recente ranking dos hospitais públicos portugueses, uma avaliação da Escola Nacional de Saúde Pública que coloca o Hospital São João (Porto) na liderança, seguido do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra e do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (hospitais de Santa Maria e Pulido Valente).

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José Manuel Silva falava a propósito da divulgação, este sábado, do mais recente ranking dos hospitais públicos portugueses, uma avaliação da Escola Nacional de Saúde Pública que coloca o Hospital São João (Porto) na liderança, seguido do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra e do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (hospitais de Santa Maria e Pulido Valente).

O bastonário dos médicos entende que a efectivação destes rankings das instituições de saúde públicas é, por princípio, "salutar", mas observou contudo que "enfermam de muitas dificuldades e grandes fragilidades".

Na sua opinião, mais importante do que as listas ordenadas seria analisar a mortalidade de cada patologia, "pelo menos das principais patologias tratadas nas diferentes instituições de saúde", para que efectivamente pudessem conhecer aqueles que apresentam "melhores resultados".

Isso, adianta, "não só no sentido de os doentes poderem exercer o seu direito de opção pela instituição na qual querem ser tratados, mas também para correção de eventuais problemas que pudessem ser detectados nas instituições com menos bons resultados nessa patologia".

José Manuel Silva aproveita para alertar que, em vários hospitais, estão a "impossibilitar" doentes (por não serem considerados como sendo da zona geográfica) de recorrerem a essa instituição, o que, na sua perspectiva, é "inconstitucional".