Movimento Sem Emprego exige fim de empresas de trabalho temporário

O MSE descreve agências como “instrumentos de promoção e perpetuação do trabalho precário, sem direitos, mal pago”.

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Até Outubro, a Segurança Social já gastou mais 403 milhões de euros com subsídios de desemprego Adriano Miranda

Em comunicado, o MSE assegura que a facturação anual das empresas de trabalho temporário chega aos 600 milhões de euros e denuncia que essas agências “não são mais do que instrumentos de promoção e perpetuação do trabalho precário, sem direitos, mal pago”.

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Em comunicado, o MSE assegura que a facturação anual das empresas de trabalho temporário chega aos 600 milhões de euros e denuncia que essas agências “não são mais do que instrumentos de promoção e perpetuação do trabalho precário, sem direitos, mal pago”.

O MSE alerta que as empresas de trabalho temporário são “intermediárias entre o trabalhador e o patrão que vivem de lucros conseguidos através da usurpação de parte do salário dos trabalhadores e que legitimam a desresponsabilização das empresas perante estes” e questiona: “Afinal qual o papel do Centro de Emprego?”

“Gerir subsídios de desemprego? Controlar os trabalhadores desempregados para, à primeira oportunidade, lhes retirar o subsídio? Manipular os números de desemprego? Porque não é o Estado, através do Centro de Emprego, a cumprir esta tarefa?”, interroga-se ainda no documento.

Para o movimento, o Centro de Emprego deve assumir “a função para o qual foi criado”, ou seja, “promover o emprego com direitos”.