O melhor que os competentes têm a fazer é emigrar, diz Mira Amaral
O presidente do Banco BIC criticou a consolidação orçamental, classificando-a como “um ajustamento de má qualidade”.
“Já está a acontecer com as empresas que têm operações na Polónia, no Brasil, em Moçambique: os funcionários mais novos e com mais capacidade dizem: “‘Vejam lá se me arranjam lugar aí, que com esta carga fiscal não aguento’”, disse Mira Amaral, durante a conferência Finanças Públicas e a Pressão sobre a Economia, na sede da Ordem dos Engenheiros.
“O melhor que os portugueses competentes [com menos de 40 anos] têm a fazer é votar com os pés [emigrar]”, afirmou o antigo ministro da Indústria dos Governos de Cavaco Silva.
Mira Amaral acrescentou que a consolidação orçamental é “um ajustamento de má qualidade”, em que “80% é do lado da receita”: “Mesmo o corte na despesa é sobretudo nos vencimentos de funcionários e pensionistas, e apenas um terço são cortes estruturais da despesa.”
O reequilíbrio das contas públicas, disse ainda Mira Amaral, “é um equilíbrio manhoso, sem sustentabilidade, a meu ver”.
O presidente do Banco BIC rejeita a ideia de que foram “políticas neoliberais” e “a sra. Merkel e a troika” que geraram a crise: “Isso é ver ao contrário; isto já estava estragado.”
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“Já está a acontecer com as empresas que têm operações na Polónia, no Brasil, em Moçambique: os funcionários mais novos e com mais capacidade dizem: “‘Vejam lá se me arranjam lugar aí, que com esta carga fiscal não aguento’”, disse Mira Amaral, durante a conferência Finanças Públicas e a Pressão sobre a Economia, na sede da Ordem dos Engenheiros.
“O melhor que os portugueses competentes [com menos de 40 anos] têm a fazer é votar com os pés [emigrar]”, afirmou o antigo ministro da Indústria dos Governos de Cavaco Silva.
Mira Amaral acrescentou que a consolidação orçamental é “um ajustamento de má qualidade”, em que “80% é do lado da receita”: “Mesmo o corte na despesa é sobretudo nos vencimentos de funcionários e pensionistas, e apenas um terço são cortes estruturais da despesa.”
O reequilíbrio das contas públicas, disse ainda Mira Amaral, “é um equilíbrio manhoso, sem sustentabilidade, a meu ver”.
O presidente do Banco BIC rejeita a ideia de que foram “políticas neoliberais” e “a sra. Merkel e a troika” que geraram a crise: “Isso é ver ao contrário; isto já estava estragado.”