Ministros defendem renovação industrial a nível europeu

Numa carta aberta divulgada esta terça-feira, cinco ministros europeus pedem um esforço comum para a renovação e competitividade do sector industrial europeu.

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Ministros defendem que renovação industrial possibilitará recuperação económica europeia Foto: Adrian Dennis / AFP

Os “amigos da industrialização”, como são conhecidos Álvaro Santos Pereira (ministro da Economia e do Emprego), José Manuel Soria (ministro espanhol da Indústria), Corrado Passera (ministro italiano do Desenvolvimento Económico), Arnaud Montebourg  (ministro francês da Renovação Industrial) e Philipp Rösler (ministro alemão da Economia e Tecnologia), assinam uma carta na qual identificam os pontos fracos da economia europeia e os caminhos a seguir, de modo a reacender o rastilho da competitividade. Na carta, divulgada no Wall Street Journal, entre outros jornais, os cinco ministros mostram-se cientes da difícil conjuntura que os países europeus e as suas indústrias atravessam, alertando ainda assim para as oportunidades que a crise proporciona.

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Os “amigos da industrialização”, como são conhecidos Álvaro Santos Pereira (ministro da Economia e do Emprego), José Manuel Soria (ministro espanhol da Indústria), Corrado Passera (ministro italiano do Desenvolvimento Económico), Arnaud Montebourg  (ministro francês da Renovação Industrial) e Philipp Rösler (ministro alemão da Economia e Tecnologia), assinam uma carta na qual identificam os pontos fracos da economia europeia e os caminhos a seguir, de modo a reacender o rastilho da competitividade. Na carta, divulgada no Wall Street Journal, entre outros jornais, os cinco ministros mostram-se cientes da difícil conjuntura que os países europeus e as suas indústrias atravessam, alertando ainda assim para as oportunidades que a crise proporciona.

“Estamos a passar por um momento decisivo para o futuro da economia europeia. Em todo o mundo, os padrões de crescimento e fontes de competitividade estão a mudar drasticamente”, afirmam. Como solução, os ministros defendem que as “empresas europeias, os empresários e os trabalhadores devem ser capazes de formular estratégias de negócio a partir de uma perspectiva global, de modo a adaptar-se às tendências de mercado. Isso requer novas habilidades e talento para competir e assegurar uma participação na arena internacional”.

Deste modo, “a promoção de reformas estruturais, assegurando que a regulamentação seja aprovada de uma forma que suporte a competitividade, e a implantação de uma política industrial, capaz de fortalecer as bases industriais e remover os principais desequilíbrios”, são os pontos fulcrais na renovação industrial europeia, que os ministros consideram essencial para que este sector lidere a “recuperação do continente”.

Paralelamente à responsabilidade das autoridades públicas, em “adoptar medidas para fortalecer as empresas e o ambiente de negócios em que actuam”, os ministros consideram que estudantes, investigadores, trabalhadores e empresários devem assumir um “papel de liderança” na renovação europeia. Estes desafios devem ser enfrentados tanto a nível nacional como europeu, dizem, contando com o auxílio do Conselho de Competitividade da União Europeia, cujas reuniões “são as bases de um novo crescimento assente na competitividade da produção e do investimento”.

“O Conselho de Competitividade deve trabalhar para promover uma revisão construtiva das políticas horizontais europeias que têm impacto sobre a competitividade industrial. Estas incluem regras de mercado-único, concorrência, comércio, ambiente, coesão, inovação e políticas de investigação, bem como o quadro de auxílios estatais e políticas sectoriais”, defendem.

Recorde-se que na segunda-feira, antecipando a divulgação da carta,Santos Pereira defendeu a reciprocidade para a reindustrialização da UE.  “Temos que ter o mesmo tratamento que os outros nos dão, noutros países”, afirmou, acrescentando que “não é aceitável que, em prol da nossa política ambiental ou política comercial, a Europa tenha perdido indústria desnecessariamente para outras partes”.

Por fim, os ministros apelam a um esforço europeu de modo a manter a competitividade das empresas a nível global, alertando que, para este fim, é necessária a criação “de um ambiente adequado para promover o seu sucesso em ambos os mercados interno e externo “.