Crédito malparado dos particulares atinge 5000 milhões de euros

O crédito de cobrança duvidosa aumentou de novo em Outubro. Nas empresas, o peso do malparado está perto dos 10%.

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O peso do malparado é superior no crédito ao consumo do que nos empréstimos à habitação Rui Gaudêncio

No total de crédito concedido a particulares (onde se incluem empréstimos para a compra de habitação, o crédito ao consumo e outros fins), o montante classificado de cobrança duvidosa ascendeu a 5031 milhões de euros – o valor mais alto desde 1997, ano a partir do qual o Banco de Portugal tem registo destes dados.

Os números mais recentes, divulgados esta segunda-feira pelo banco central, mostram que, em quase 134.915 milhões de euros de empréstimos concedidos a particulares, 3,73% eram de crédito malparado, ou seja, considerado como incobrável pelas instituições financeiras.

Em conjunto, empresas e particulares tinham, no final de Outubro, 15.700 milhões de euros de crédito malparado, o equivalente a 6,5% de todo o crédito concedido. Os valores contrastam com o cenário no mesmo período do ano passado: 11.837 milhões de euros e 4,6% em relação ao total de crédito.

O peso do malparado é mais preocupante nas empresas, onde a cobrança duvidosa está já muito próxima dos 10%. Em Setembro, houve uma diminuição, mas Outubro registou uma nova subida, levando o malparado para um valor-recorde de 10.684 milhões de euros, equivalente a 9,97% do total dos empréstimos concedidos às empresas.

Nos empréstimos a particulares, dos 5031 milhões de euros classificados de cobrança duvidosa, 2229 eram em crédito à habitação e 1539 milhões em crédito ao consumo (para a compra de carros ou de electrodomésticos, por exemplo). O incumprimento continua a ser mais elevado em termos percentuais nestes casos.

Enquanto no crédito à habitação 2,02% dos empréstimos eram de cobrança duvidosa (2229 milhões de euros), no crédito ao consumo, o peso do crédito malparado sobre o total de empréstimos concedidos saltou para 11,4% (1539 milhões de euros). Isto significa – e a tendência é a mesma há vários anos – que, quando os particulares estão em dificuldades financeiras começam por deixar de pagar os empréstimos ao consumo e, só depois, o crédito à habitação.
 
 
 

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No total de crédito concedido a particulares (onde se incluem empréstimos para a compra de habitação, o crédito ao consumo e outros fins), o montante classificado de cobrança duvidosa ascendeu a 5031 milhões de euros – o valor mais alto desde 1997, ano a partir do qual o Banco de Portugal tem registo destes dados.

Os números mais recentes, divulgados esta segunda-feira pelo banco central, mostram que, em quase 134.915 milhões de euros de empréstimos concedidos a particulares, 3,73% eram de crédito malparado, ou seja, considerado como incobrável pelas instituições financeiras.

Em conjunto, empresas e particulares tinham, no final de Outubro, 15.700 milhões de euros de crédito malparado, o equivalente a 6,5% de todo o crédito concedido. Os valores contrastam com o cenário no mesmo período do ano passado: 11.837 milhões de euros e 4,6% em relação ao total de crédito.

O peso do malparado é mais preocupante nas empresas, onde a cobrança duvidosa está já muito próxima dos 10%. Em Setembro, houve uma diminuição, mas Outubro registou uma nova subida, levando o malparado para um valor-recorde de 10.684 milhões de euros, equivalente a 9,97% do total dos empréstimos concedidos às empresas.

Nos empréstimos a particulares, dos 5031 milhões de euros classificados de cobrança duvidosa, 2229 eram em crédito à habitação e 1539 milhões em crédito ao consumo (para a compra de carros ou de electrodomésticos, por exemplo). O incumprimento continua a ser mais elevado em termos percentuais nestes casos.

Enquanto no crédito à habitação 2,02% dos empréstimos eram de cobrança duvidosa (2229 milhões de euros), no crédito ao consumo, o peso do crédito malparado sobre o total de empréstimos concedidos saltou para 11,4% (1539 milhões de euros). Isto significa – e a tendência é a mesma há vários anos – que, quando os particulares estão em dificuldades financeiras começam por deixar de pagar os empréstimos ao consumo e, só depois, o crédito à habitação.