Anarchicks: “uma banda de raparigas, ponto!”
Punk, rock e até electrónica são algumas das referências das Anarchicks. A banda portuguesa actua a 7 e 8 de Dezembro no Vodafone Mexefest
São quatro e tocam punk ao mesmo tempo que exploram outros géneros. Isto porque o que sai delas "é espontâneo", revela a vocalista Pris. Afinal, o objectivo inicial era só um: "fazer uma banda de raparigas, ponto!" As Anarchicks vão agitar o Vodafone Mexefest, nos concertos marcados para 7 e 8 de Dezembro.
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São quatro e tocam punk ao mesmo tempo que exploram outros géneros. Isto porque o que sai delas "é espontâneo", revela a vocalista Pris. Afinal, o objectivo inicial era só um: "fazer uma banda de raparigas, ponto!" As Anarchicks vão agitar o Vodafone Mexefest, nos concertos marcados para 7 e 8 de Dezembro.
A banda surgiu após uma troca de mensagens através do Myspace entre Pris (aka Playgirl) e Helena (aka Synthetique Red). “Eu conhecia a banda dela, Baton Rouge, e ela conhecia a minha banda da altura, Presspaly”, conta Pris ao P3. Em 2011, Helena fez uma proposta: criar uma banda só de raparigas.
Catarina (aka Katari) juntou-se à formação para tomar conta da bateria. "Entretanto, começámos a fazer algumas audições para encontrarmos a guitarrista". Mais uma vez, as redes sociais deram uma ajuda. "O Slimmy (músico português) colocou no Facebook que estávamos à procura de guitarrista", recorda Pris. Ana (aka JD) viu e decidiu arriscar. Nasciam assim as Anarchicks.
Com idades que variam entre os 20 e os 34 anos, além de serem as Anarchicks, Helena é veterinária, Catarina é copy, Ana é estudante do ensino superior e Pris é designer gráfica. A vocalista conta que a noite no palco tem "adrenalina, nervosismo, uma carrada de emoções" que não se sentem no dia comum.
Fazer o que lhes apetece
O facto de serem quatro mulheres poderá ter impacto "nas letras, por exemplo". "Sentimos as coisas de outra maneira, talvez", afirma Pris. Mas isso não significa que haja grandes diferenças em relação a bandas que contam com elementos do sexo oposto. "O que interessa aqui não é sermos raparigas. O que interessa é a nossa música, a nossa atitude, é fazermos música que gostamos de ouvir, essencialmente!"
As Anarchicks alternam entre uma bateria e um sintetizador, com uma guitarra a soar a rebeldia e um baixo a destilar ousadia. As vozes, sem vestígios de calma ou subversão, transformam as notas desses instrumentos em palavras. "Não tínhamos bem definido o som que iríamos tocar, surgiu tudo de improviso", revela Pris. "Nós gostamos de ser livres nesse sentido, de ser espontâneas e, basicamente, fazer o que nos apetece."
O som é, sobretudo, punk, por vezes manchado pelo funk e pela electrónica, por exemplo. Aliás, a banda não sente que tem de estar "presa ao punk", apesar de a vocalista referir que este é "uma boa influência e uma questão de atitude".
E as influências não ficam por aqui. As quatro integrantes já estiveram envolvidas em diferentes projectos musicais e Pris admite que esses trabalhos também influenciam as Anarchicks, até porque "estão lá as mesmas referências". Apesar disso, também acredita que, nesta banda, as quatro juntas estão "a conseguir criar algo diferente" do que costumavam tocar.
Novo disco
"Look What You Made Me Do" foi o primeiro trabalho, um EP com 4 músicas, lançado em 2012 na Internet pela editora online da baixista da banda, Helena. Agora, as Anarchicks já assinaram com a editora Chifre e preparam-se para lançar, a 21 de Janeiro de 2013, o álbum "Really".
O novo projecto, que inclui músicas criadas logo no início da formação e, ainda, "Sunset Graveyard", que já fazia parte do EP, foi gravado por Makoto Yagyu e Fábio Jevelim e misturado por Pedro Chamorra.
O primeiro single de "Really", "Restraining Order", já está disponível para download gratuito e vai poder ser ouvido ao vivo brevemente. As Anarchicks vão dar dois concertos no Vodafone Mexefest, nos dias 7 e 8 de Dezembro.
E mais concertos, é o que as Anarchicks querem para o futuro. E, já agora, mais álbuns. "Já estamos a trabalhar em novo material ao mesmo tempo que tocamos estas músicas, porque a nossa forma de compor é muito espontânea e, então, estão sempre a surgir ideias novas", conta Pris.