IEFP contabiliza mais de 20 mil professores sem colocação em Outubro
O número de professores desempregados inscritos nos centros de emprego em Outubro era superior a 20 mil, mas os sindicatos apontam para mais de 30 mil contratados ainda sem colocação, dos quais mais de 1500 são do ensino artístico.
Já a Federação Nacional de Professores (Fenprof) estimava, no final de Novembro, em 33.200 o número de professores que se candidataram no ano lectivo de 2012/2013 a um contrato e até à data ainda não o tinham conseguido.
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Já a Federação Nacional de Professores (Fenprof) estimava, no final de Novembro, em 33.200 o número de professores que se candidataram no ano lectivo de 2012/2013 a um contrato e até à data ainda não o tinham conseguido.
Os números recolhidos pela Fenprof apontam para uma redução do emprego para professores contratados a uma média de cerca de dez mil vagas por ano: em Novembro tinham conseguido um contrato cerca de 17 mil docentes, no período homólogo de 2011 havia já 27 mil professores contratados e em 2010 os contratados eram cerca de 35 mil.
Idade média a subir
Ainda segundo o IEFP, cerca de 60% dos professores desempregados este ano são mulheres, à semelhança do que já acontecia em 2011, e a média de idades dos docentes inscritos nos centros aumentou em 2012, face ao ano anterior, de 34,5 para 35,5 anos.
A maior fatia de desempregados são docentes do ensino básico e secundário, concentrados maioritariamente nas regiões norte e de Lisboa e Vale do Tejo. No entanto, em 2012 a região do Alentejo destacou-se por praticamente ter duplicado o número de docentes sem emprego, com 1011 inscritos em Outubro, contra 582 em Outubro de 2011.
Quanto ao ensino artístico, a Fenprof calcula que mais de 1500 não tenham conseguido colocação este ano, 1440 dos quais para Educação Visual e Tecnológica (EVT), depois de esta disciplina ter sofrido uma redução do número de professores atribuídos por turma, de dois para um professor.
João Louceiro, da Fenprof, disse à Lusa que até ao momento só os professores contratados perderam o emprego, ainda que alguns deles já tenham um currículo de dez ou 15 anos de experiência, e que, no caso dos professores do ensino artístico, “a maioria foi afastada das escolas”, sendo “residual o número dos que conseguiram contrato”, que ronda os 250.
O sindicalista disse ainda que a Fenprof não tem contabilizado o número de professores que desistiram da carreira docente pela necessidade de encontrar um emprego que assegurasse rendimentos, mas adiantou que ele próprio conhece casos de “colegas que estão a trabalhar moutras actividades, em centros comerciais ou como caixas de supermercado”, ou até de quem tenha pedido o subsídio na totalidade para montar um negócio próprio.