Deutsche Bank acusado de ocultar nove mil milhões de euros em dívida para fugir a resgate

O Deutsche Bank é acusado de ter escondido dívidas para evitar o resgate do Governo alemão.

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Deutsche Bank está a ser processado pelo seu papel na crise Martin Oeser/AFP

 A notícia é avançada nesta quinta-feira pelo Financial Times, que afirma que três antigos funcionários do banco alemão apresentaram queixas nos EUA, alegando que o banco alemão, com o conhecimento dos dirigentes executivos, não registou muitas das perdas nas operações de mercado entre 2007 e 2009.

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 A notícia é avançada nesta quinta-feira pelo Financial Times, que afirma que três antigos funcionários do banco alemão apresentaram queixas nos EUA, alegando que o banco alemão, com o conhecimento dos dirigentes executivos, não registou muitas das perdas nas operações de mercado entre 2007 e 2009.

Num comunicado emitido também nesta quinta-feira, o banco germânico afirma que as acusações já datam de 2011, altura em que o banco terá desenvolvido “uma cuidadosa e rigorosa investigação”, que chegou à conclusão de que as acusações são “totalmente infundadas”. No mesmo comunicado, o Deutsche Bank afirma que as acusações partem de funcionários que não têm conhecimento, nem são responsáveis pelas principais operações do banco alemão.

Segundo o Financial Times, as queixas dos três funcionários terão sido apresentadas separadamente entre 2010 e 2011 à entidade norte-americana que regula dos mercados financeiros, a Securities and Exchange Commission, e que terão ainda apresentado documentos do Deutsche Bank.

Dois dos três antigos funcionários do banco alemão que apresentaram as queixas afirmam ter sido afastados depois terem mencionado, internamente, o processo de ocultação de dívidas. Um deles, Matthew Simpson, um dos principais responsáveis pelo comércio de derivados, queixa-se de ter sido afastado pelo Deutsche Bank dias depois de ter apresentado a queixa à entidade reguladora norte-americana.

Matthew Simpson já havia alegado a existência de irregularidades no registo da avaliação do caderno de derivados. No seguimento da sua saída, Simpson recebeu 680 mil euros de indeminização do Deutsche Bank, depois de o antigo funcionário ter acusado o banco alemão de ter agido por “retaliação”. Eric Ben-Artzi, o outro funcionário que se queixa de ter sido afastado por retaliação a comentários sobre irregularidades do Deutsche Bank, apresentou também uma queixa à Securities and Exchange Commission. 

Notícia corrigida às 16h13

Altera designação de mercado de "derivativos" para "derivados".