Álvaro Santos Pereira abre as portas a despedimentos nos portos portugueses
Greve dos estivadores está a afectar a actividade portuária, com o peso relativo do Porto de Lisboa na economia nacional a baixar de 18% para cerca de 12%.
As declarações de Santos Pereira, que abrem porta à possibilidade de os operadores fazerem despedimentos, foram realizadas à margem de uma conferência em Lisboa que tem como principal orador o ex-chanceler alemão Gerhard Schröder, que vai falar sobre a Crise Europeia e as Reformas Necessárias.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
As declarações de Santos Pereira, que abrem porta à possibilidade de os operadores fazerem despedimentos, foram realizadas à margem de uma conferência em Lisboa que tem como principal orador o ex-chanceler alemão Gerhard Schröder, que vai falar sobre a Crise Europeia e as Reformas Necessárias.
De acordo com a Lusa, o ministro da Economia disse que “a decisão [de despedir estivadores] é dos operadores”, mas “é muito claro que esta greve está a afectar alguns portos de forma muito acentuada”. Por isso, “obviamente, se há menos movimentação de carga e se os portos são muito afectados na sua actividade, é muito natural que alguma coisa tenha de ser feita”. Santos Pereira, que confirmou também o alargamento dos serviços mínimos portuários em uma hora, respondia aos jornalistas sobre o aviso realizado, na terça-feira, pelo Instituto dos Portos, a admitir “a possibilidade de haver despedimentos no sector portuário em consequência da quebra da actividade provocada pela greve dos estivadores”. O ministro conclui que “o peso relativo do Porto de Lisboa na economia nacional baixou de 18% para cerca de 12% e continua a decair.”
Os estivadores avançaram com um pré-aviso de greve até à véspera de Natal. Para o ministro, é essencial “desbloquear a situação, pois os prejuízos para a economia nacional são bastante avultados”. “Os serviços mínimos portuários foram prolongados para o período de pré-aviso de greve que foi feito”, disse.