Passos: "Criação de ONG não tem nada que me embarace"
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
"Eu fui, toda a gente sabe, co-fundador de mais do que uma ONG, e dessa também, o Centro Português para a Cooperação (CPPC). Não é nada que me motive embaraço ou qualquer reticência", declarou Pedro Passos Coelho, em resposta aos jornalistas, no final de uma visita à Câmara Municipal da Cidade da Praia, em Cabo Verde.
Pedro Passos Coelho reagiu à notícia do PÚBLICO, que disse ainda não ter lido, que lhe atribui o papel de "principal impulsionador, em 1996, de uma ONG concebida para obter financiamentos destinados a projectos de cooperação que interessassem à empresa Tecnoforma" – empresa da qual o actual primeiro-ministro foi administrador.
Quando essa ONG foi criada, Passos Coelho "era então deputado em regime de exclusividade e nunca declarou o cargo que ali exercia" no seu registo de interesses.
Sobre esta questão, o primeiro-ministro referiu que já tinha iniciado o mandato de deputado na altura em que essa ONG foi criada.
"Não creio que essa seja uma questão da maior relevância, para ser sincero. Saí do Parlamento em 1999 e o CPPC não tinha actividade em Portugal. Não me recordo de não ter feito um registo específico sobre isso, mas não é uma matéria que tivesse sido reservada ou que tivesse qualquer segredo especial. Portanto, não tenho para isso nenhuma explicação especial a dar", acrescentou.