Nuno Santos chama Pilatos ao presidente da RTP, que o acusa de se autoflagelar
Acusações entre presidente da TV pública e ex-director sobem de tom depois de conhecidas as conclusões do inquérito interno.
Nuno Santos estranha esta acusação de "autoflagelação". "O que temos aqui é um acto sumário de crucificação. O dr. Alberto da Ponte comporta-se agora como Pôncio Pilatos. Constato, mas não estranho", limitou-se a comentar ao PÚBLICO, à margem da apresentação de um livro, em Lisboa.
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Nuno Santos estranha esta acusação de "autoflagelação". "O que temos aqui é um acto sumário de crucificação. O dr. Alberto da Ponte comporta-se agora como Pôncio Pilatos. Constato, mas não estranho", limitou-se a comentar ao PÚBLICO, à margem da apresentação de um livro, em Lisboa.
Na quinta-feira, Nuno Santos afirmou que o inquérito interno ordenado pela administração foi "um pretexto para obter e, depois, justificar" a sua demissão. O inquérito "estava à partida condicionado", acusou, e pediu acesso ao relatório final e à prova "que terá sido produzida" contra si que sustente a conclusão de que deu a autorização para a entrada e visualização das imagens em bruto pela PSP.
"Não foi um inquérito disciplinar, foi um inquérito normal para apurar os factos. Estão apurados, estão substanciados por declarações, por testemunhos, que não posso transmitir cá para fora porque estou sob alçada da protecção de dados", justificou Alberto da Ponte. "Não sou eu que vou trazer cá para fora os 'brutos' do inquérito", frisou. "Também não me foi perguntado, mas também não comentei de onde é que vinha a polícia, isso não me compete a mim. A única coisa que interessa ao presidente do conselho de administração é que a justeza processual dentro da RTP fosse mantida", salientou