Alemanha aprova alterações ao empréstimo europeu à Grécia
Votação expressiva no Bundestag dá luz verde ao resgate grego, mas 23 deputados da maioria votaram contra.
Além do partido de coligação no poder, votaram a favor do novo pacote à Grécia os sociais-democratas e Os Verdes, os principais partidos da oposição. Já era esperada a luz verde do Bundestag às alterações do pacote grego, mas a sessão parlamentar reacendeu os receios alemães de uma subida nos custos com o resgate. O ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, teve de gerir as críticas dos deputados à possibilidade de estar iminente um novo perdão da dívida grega.
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Além do partido de coligação no poder, votaram a favor do novo pacote à Grécia os sociais-democratas e Os Verdes, os principais partidos da oposição. Já era esperada a luz verde do Bundestag às alterações do pacote grego, mas a sessão parlamentar reacendeu os receios alemães de uma subida nos custos com o resgate. O ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, teve de gerir as críticas dos deputados à possibilidade de estar iminente um novo perdão da dívida grega.
Dirigindo-se ao Parlamento, Schäuble assegurou que a Alemanha está a fazer “todos os possíveis para manter os custos e riscos da ajuda à Grécia o mais pequenos possíveis”, cita a Reuters. “Os potenciais efeitos da insolvência grega nos outros Estados do euro seriam graves. Na verdade, as consequências seriam imprevisíveis”, disse o ministro das Finanças, que alertou para a possibilidade de a falência grega dar início a um processo do fim da zona euro.
A reunião do Eurogrupo, na passada terça-feira, decidiu um alargamento generalizado nos prazos exigidos à Grécia para o ajustamento orçamental. Os ministros das Finanças da moeda única aprovaram uma extensão de 15 anos para o reembolso dos empréstimos, uma moratória de dez anos para o pagamento dos juros e um corte de 0,1 pontos na comissão dos credores internacionais.
A Alemanha foi a primeira a aprovar o resgate grego. Também os parlamentos da Holanda e da Finlândia devem aprovar em breve as novas condições do resgate à Grécia. Já a França vai incluir a decisão na votação do Orçamento do Estado para 2013.