Quase metade dos adultos portugueses fez formação no ano passado

Número de pessoas a participar em actividades de aprendizagem ao longo da vida foi superior a 2007. Em boa parte devido ao crescimento da educação não formal.

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Aumento deveu-se sobretudo ao crescimento da participação nos programas de educação não formal Paulo Pimenta

Das pessoas com idades entre os 18 e os 69 anos, 45,9% estiveram inscritas em actividades de educação, formação e aprendizagem. Um aumento de 17 pontos percentuais em relação aos 30,9% de 2007.

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Das pessoas com idades entre os 18 e os 69 anos, 45,9% estiveram inscritas em actividades de educação, formação e aprendizagem. Um aumento de 17 pontos percentuais em relação aos 30,9% de 2007.

Segundo o INE, este aumento deve-se especialmente ao crescimento da participação nos programas de educação não formal – que ao contrário da formal não dá equivalência a um nível de escolaridade. No ano passado, 39,2% dos adultos fizeram dessas formações, contra os 15,4% que participaram nas de educação formal.

As taxas de participação mais elevadas em actividades de aprendizagem ao longo da vida, acima da média nacional, registaram-se no Algarve (48,3%), na zona Centro (47,5%) e na região de Lisboa (46,6%).

Entre os que não têm qualquer nível de escolaridade completo (8,6% dos portugueses entre os 18 e os 69 anos), 5,3% participaram em actividades de educação não formal. Já entre aqueles com formação superior, a taxa de participação foi de 74,1%.

Os dados recolhidos pelo INE revelam ainda que 51,5% da população activa participou em actividades de aprendizagem ao longo da vida durante o ano passado. Desses, 54,2% trabalhavam, 40,3% estavam desempregados. 

No que diz respeito à educação formal, a população inactiva é a mais representada, sobretudo por causa dos estudantes. Ainda assim, durante o ano passado um em cada cinco portugueses desempregados frequentou actividades de educação formal.

Entre os que não frequentaram qualquer formação, quatro em cada dez apontaram vários obstáculos. O mais referido foi a falta de tempo (45,8%), seguido da falta de oferta próxima (15,3%) e o preço das formações (14,7%).

No entanto, 64,3% da população que participou em actividades de educação não formal referiu que a formação foi paga pela entidade empregadora e em 61,8% dos casos decorreu em horário de trabalho.

O inquérito decorreu entre Outubro de 2011 e Fevereiro de 2012. A amostra abrangeu 14.189 pessoas.