PS vai votar a favor da nova lei dos portos

Partido Socialista anunciou esta quinta-feira que se vai juntar à maioria parlamentar com o voto a favor da nova lei do trabalho portuário

Foto
A nova lei impõe um máximo de 250 horas extraordinárias por ano, o que é contestado pelos estivadores Daniel Rocha

Durante a sessão parlamentar desta quinta-feira, o maior partido de oposição reiterou o voto favorável, indo para além da abstenção com que o Governo contava ao início do dia. 

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Durante a sessão parlamentar desta quinta-feira, o maior partido de oposição reiterou o voto favorável, indo para além da abstenção com que o Governo contava ao início do dia. 

Após mais de três meses de paralisações sucessivas, os estivadores da Frente Comum estiveram concentrados em frente à escadaria da Assembleia da República desde o início da tarde. O protesto acabaria por ser desbandado antes até da votação da nova lei na Assembleia. 

Aos estivadores portugueses da Frente Comum juntaram-se trabalhadores portuários de oito países europeus contra uma lei que é vista como “um balão de ensaio” para uma reforma portuária ao nível da União Europeia.

Os estivadores protestaram contra um novo regime do trabalho portuário que, alegam, vai resultar na "precarização e instabilidade" dos actuais postos de trabalho nos portos. Para além da limitação das funções que podem ser desempenhadas hoje pelos estivadores, a nova lei do Governo insere um tecto máximo de 250 horas de trabalho extraordinário por ano.

Vítor Dias, presidente do sindicato de estivadores do Centro e Sul, garantira no início do protesto que, “qualquer que fosse o resultado” da votação parlamentar, “os estivadores vão continuar em luta”. 


Desde a Praça do Município até São Bento, as ruas de Lisboa foram “pintadas” por coletes amarelos e laranja fluorescentes. Ao longo do desfile foram rebentadas dezenas de petardos e à chegada ao Parlamento três cordas de explosivos foram rebentadas sob o olhar de duas dezenas de polícias. Ao lado e à parte da manifestação dos estivadores esteve um grupo de empresários de diversão, que esteve durante a manhã também em protesto.

O protesto acabaria por terminar sem qualquer incidente. Da manifestação notou-se, sobretudo, um ambiente de festa, que contrastou com as expectativas de um protesto violento.